Jejum intermitente pode aumentar risco de morte precoce, diz estudo

Pesquisa indica que o jejum intermitente aumenta as chances de morte precoce em 30%. Resultados não mudaram em quem tinha hábitos saudáveis

atualizado 25/11/2022 15:54

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comida disposta em prato como um relógio. Horário refeições - Metrópoles Getty Images

O jejum intermitente é uma das dietas mais populares da atualidade. Mas um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, aponta que apostar em pelo menos três refeições diárias é necessário para viver mais.

A pesquisa foi publicada na revista Journal of Academy of Nutrition and Diabetics neste ano e envolveu 24 mil norte-americanos a partir de 40 anos. Dos participantes, cerca de 13 mil comiam apenas uma ou duas refeições diariamente.

Os cientistas realizaram entrevistas anuais por telefone e aplicaram questionários on-line. Os voluntários responderam sobre os seus hábitos alimentares e de atividade física, quantas vezes comiam por dia e o intervalo entre as refeições.

As perguntas foram aplicadas entre 1999 e 2014, e as respostas foram comparadas com os laudos médicos dos participantes. No total, houve 4.175 mortes até o final do estudo, sendo que 878 foram causadas por problemas cardíacos.

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<b>Dieta Mediterrânea –</b> Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
<b>Dieta MIND –</b> Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
<b> Dieta TLC –</b> Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
<b> Dieta Nórdica –</b> Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

iStock
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações

iStock
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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso

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Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares

David B Townsend/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética

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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação

Sharon Chen/Unsplash

Risco de doença cardíaca

Em comparação com os participantes que fazem três refeições por dia, comer apenas uma vez foi associado a um aumento de 30% no risco de mortalidade por todas as causas, e de 83% no risco de morte por doenças cardíacas.

Os participantes que pulam o café da manhã tiveram um risco 40% maior de morte por condições cardíacas (como infarto) em comparação com aqueles que comem a refeição. No caso de quem não almoça ou janta, o aumento da chance de morte por qualquer motivo foi de até 16%.

Enquanto isso, pessoas que comiam três refeições por dia, mas com intervalo de menos de quatro horas e meia entre elas, apresentaram risco 17% maior de mortalidade por todas as causas, quando comparados a quem espaçava o horário alimentar em cinco horas ou mais.

Estilo de vida não interfere

Fatores como prática regular de exercícios físicos e baixo consumo de álcool não influenciaram na redução do risco de morte dos voluntários que adotaram o jejum intermitente.

“Em um tempo no qual o jejum intermitente é considerado uma solução para a perda de peso, saúde metabólica e prevenção de doenças, nosso estudo é importante para muitos norte-americanos que comem menos de três refeições diárias”, afirma o cientista Yangbo Sun, que conduziu o estudo.

O coautor da pesquisa, Wei Bao, acrescenta que as conclusões são baseadas em observações retiradas de perguntas e não significam uma relação de causa-efeito. Mesmo assim, ele afirma que os resultados fazem sentido no metabólico.

A ciência já mostrou que quando o paciente come em horários certos e em quantidades controladas, o metabolismo funciona melhor do que quando o corpo é privado de comida.

Os pesquisadores acreditam que o estudo contribui para produzir outras evidências relacionando os hábitos alimentares com a longevidade. Eles pretendem prosseguir com mais análises sobre o tema.

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