Em dia de Copom, CNI defende retomada de corte de juros pelo BC

Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban destaca que taxa alta de juros prejudica crescimento econômico do país

atualizado 31/07/2024 11:30

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, conversa com interlocutor e gesticula com a mão esquerda levantada Michelli Fioravanti/CNI

O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia nesta quarta-feira (31/7), a partir das 18h30, a decisão sobre a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Embora a expectativa do mercado seja de manutenção da taxa, atualmente em 10,50% ao ano, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirma que a manutenção de taxas altas prejudica toda a economia, a indústria e a população brasileira, pois compromete a capacidade de o país acelerar investimentos, abrir novos postos de trabalho e ampliar a renda das pessoas.

“Além da Selic elevada, ainda lidamos com a questão do spread bancário altíssimo, que faz com que o crédito seja ainda mais caro e com pouca oferta no mercado. A indústria é uma das maiores prejudicadas pelo nível das taxas de juros, que dificulta investimentos e a ampliação de capacidade produtiva. No fim, os brasileiros perdem em oportunidades de emprego e aumento de renda, comprometendo o bem-estar da população. Sem reduzir os juros, ficaremos presos nessa armadilha”, afirma Alban (foto em destaque).

De acordo com a CNI, a taxa de juros real está 1,70 ponto percentual acima da taxa de juros neutra estimada pelo Banco Central – aquela que não estimula nem desestimula a atividade econômica –, o que denota uma política monetária bastante contracionista, avalia a entidade.

Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil tem o terceiro maior spread bancário do mundo, de 27,4%, perdendo apenas para o Zimbábue e Madagascar. A discrepância fica ainda mais evidente quando comparamos com o Peru, próximo país economicamente relevante da lista do Banco Mundial, com spread de 7,8%, ou seja, 3,5 vezes menor que o brasileiro.

Esses fatores fazem com que volume de crédito na economia brasileira seja baixo. No Brasil, o montante de crédito oferecido ao setor privado não financeiro equivale a 86,2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto na Zona do Euro e nos Estados Unidos equivale a, respectivamente, 148,6% e 150,1% do PIB, de acordo com o Bank for International Settlements (BIS).

Para a CNI, por ter cadeias produtivas mais longas, as empresas industriais são as mais prejudicadas por esse acúmulo do custo do crédito, encarecendo o bem final e causando perda de competitividade do setor. A entidade acredita ser preciso voltar os olhos para o ajuste fiscal.

“Como o Brasil já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e não há mais espaço para aumentar a tributação do setor produtivo, é importante que o ajuste fiscal se volte para a contenção das despesas. Nesse sentido, são positivas as manifestações recentes do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento e Orçamento quanto à identificação de possíveis fontes de redução de gastos federais em 2024 e 2025”, avalia Alban.

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