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União Brasil não quer Sergio Moro como candidato ao Senado por SP

Após barrar a pré-candidatura presidencial de Sergio Moro, o União Brasil se organiza para assegurar que o ex-juiz não tente o Senado

atualizado 05/04/2022 13:35

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Após filiação ao União Brasil Sérgio Moro faz um pronunciamento no Hotel Intercontinental, em São Paulo. Ele fala diante de microfones e usa terno - Metrópoles Fábio Vieira/Metrópoles

O União Brasil não tem interesse em lançar Sergio Moro como o seu candidato ao Senado por São Paulo. O partido, que vetou a pré-candidatura presidencial do ex-juiz, entende que sairia prejudicado por não ser “dono” do mandato de Moro em caso de eleição.

O entendimento parte da premissa de que senadores não estão sujeitos às mesmas regras de fidelidade partidária aplicadas aos deputados federais. Dirigentes da sigla acreditam que o ex-juiz poderia abandonar o União Brasil a qualquer momento, assim como ele deixou o Podemos após gastar cerca de R$ 3 milhões do fundo do partido.

A eleição de Moro para a Câmara dos Deputados é do interesse do União Brasil porque, além de controlar o mandato do ex-juiz, o partido poderá usá-lo para eleger outros políticos com o excedente de votos. A direção da sigla pretende fazer 14 deputados caso Moro aceite ser candidato ao Legislativo.

O partido quer entrar na disputa com Guilherme Boulos e Eduardo Bolsonaro para que Moro seja o deputado mais bem votado no estado, mas o ex-juiz ainda não demonstrou vontade para concorrer a uma vaga na Câmara.

A candidatura do União Brasil ao Senado virou uma incógnita após o apresentador José Luiz Datena se filiar ao PSC, aliado de Tarcísio de Freitas na disputa pelo governo de São Paulo. Datena abandonou o União Brasil, que está na chapa do tucano Rodrigo Garcia, por ter se irritado com a quase desistência de João Doria da corrida presidencial.

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Meses depois, o ex-juiz mudou para o União Brasil
Durante a carreira, Moro atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo
Moro foi chamado de "suspeito" em pedido apresentado por construtora ao STF
Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro
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Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro foi lançado como pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos

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Meses depois, o ex-juiz mudou para o União Brasil

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Durante a carreira, Moro atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo

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Moro foi chamado de "suspeito" em pedido apresentado por construtora ao STF

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Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro

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Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro azedou. Após deixar o governo, o ex-juiz passou a advogar e a atuar como consultor para empresas privadas

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Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da República

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No decorrer da carreira, Moro ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo

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Moro diz que Lava Jato agiu "dentro da lei"

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