São Paulo – O deputado federal Alexandre Leite, tesoureiro do partido União Brasil no estado de São Paulo, divulgou comunicado na noite desta sexta-feira (1º/4) em que promete impugnar a filiação do ex-juiz Sergio Moro se ele insistir em tentar viabilizar sua candidatura presidencial.
Leite assina a nota em nome do diretório regional do União Brasil São Paulo. O Metrópoles apurou que ele não sofreu oposição em transmitir esse recado a Moro.
“O União Brasil São Paulo reafirma que a filiação do ex-juiz Sergio Moro se deu com a concordância de um projeto pelo estado de São Paulo, isto é, deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, Senado. Em caso de insistência em um projeto nacional, o partido vai impugnar a ficha de filiação de Moro”, diz o texto assinado por Leite.
O Diretório Nacional do União Brasil já tinha divulgado pouco antes um posicionamento nesse mesmo sentido, depois que um pronunciamento de Moro, no fim da tarde desta sexta-feira (1º/4), surpreendeu a integrantes da legenda, devido ao discurso de que “não desistiu de nada” e descartou concorrer a deputado federal, mesmo sem negar uma eventual candidatura ao Senado.
“Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada, muito menos de meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário, sigo firme na construção de um projeto para o país”, afirmou, sem citar diretamente a Presidência da República.
Na última quinta-feira (31/3), Moro anunciou a troca do Podemos pelo União Brasil, uma mudança que estava condicionada a sua desistência da corrida ao Planalto.
Em nota, o ex-juiz afirmou: “Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”.
O União gostaria que Moro participasse do pleito como candidato a deputado federal, mas nesta sexta um anúncio surpreendeu: ele foi categórico ao dizer que não iria se lançar a deputado.
No breve pronunciamento que fez, Moro afirmou que “para livrar o país dos extremos”, colocou seu nome pelo país. Ao mesmo tempo, garantiu não ter ambição por cargo, falou que seu projeto de país “não pode ser individual” e conclamou uma “união do centro democrático”, citando outros pré-candidatos da centro direita.
