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MBL: chance de Kim Kataguiri não se filiar à sigla de Moro é “zero”

MBL afirma que o Podemos não procurou o grupo para rever o acordo firmado com Kim, que criticou a criminalização do nazismo na Alemanha

atualizado 09/02/2022 23:07

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Sergio Moro e Kim Kataguiri Reprodução

Integrantes do MBL afirmaram nesta quarta-feira (9/2) que não existe a possibilidade de o Podemos, sigla de Sergio Moro, rever o acordo firmado com o grupo e revogar a filiação do deputado federal Kim Kataguiri ao partido.

Kim é alvo do Conselho de Ética da Câmara por ter criticado a criminalização do nazismo na Alemanha durante participação no podcast Flow na segunda-feira (7/2). O apresentador Monark, que defendeu o direito de criar um partido nazista no Brasil, foi demitido do programa. A PGR investiga as falas de Kim e Monark.

“Não existe hipótese de não filiar o Kim. Conversei com a executiva do partido e ele será filiado assim que houver janela”, disse o vereador Rubinho Nunes, que será candidato a deputado federal pelo Podemos.

“A chance de não filiar o Kim é zero. Está muito claro que o Kim não é nazista e que em nenhum momento ele defendeu o nazismo. Ele errou, mas entre esse erro e dizer que ele é nazista tem uma distância imensa”, declarou o deputado estadual Arthur do Val, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Podemos.

O MBL afirma que nenhum dirigente nacional do Podemos procurou os integrantes do grupo para tratar do assunto e que todas as agendas dos integrantes com o Podemos estão mantidas.

O senador Alvaro Dias, uma das principais lideranças do Podemos, se indispôs com o MBL na quarta-feira (9/2) ao afirmar que a filiação de Kim precisaria ser reavaliada. Em resposta, o coordenador nacional do MBL, Renan Santos, chamou Dias de “burro”.

Se o Podemos decidir mesmo romper o acordo com Kim, a tendência é de que todo o MBL abandone o partido. A cerimônia de posse dos integrantes ocorreu no fim de janeiro, em São Paulo, e contou com a presença de Sergio Moro, pré-candidato à Presidência.

O MBL tem atuado para turbinar a candidatura de Moro e para aconselhar o ex-juiz politicamente. A proximidade é tamanha que Kim apresentou a live em que o ex-juiz revelou o salário que lhe foi pago pela consultoria Alvarez & Marsal, no último dia 28.

 

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No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”
“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark
Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias
Bruno Aiub, conhecido como Monark, era dono e um dos apresentadores da atração que faz enorme sucesso no YouTube, com mais de 3,6 milhões de seguidores e quase 500 milhões de visualizações na plataforma
Monark disse sentir "simpatia" por quem participou dos atos antidemocráticos em Brasília
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Durante gravação do programa Flow Podcast, um dos apresentadores, conhecido como Monark, 31 anos, defendeu a criação de um partido nazista no Brasil, proibido por lei

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No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”

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“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark

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Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias

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Bruno Aiub, conhecido como Monark, era dono e um dos apresentadores da atração que faz enorme sucesso no YouTube, com mais de 3,6 milhões de seguidores e quase 500 milhões de visualizações na plataforma

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Monark disse sentir "simpatia" por quem participou dos atos antidemocráticos em Brasília

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Além da FFERJ, figuras do mundo esportivo se posicionaram sobre as declarações e convidados também cancelaram suas participações no podcast, entre eles o ex-jogador Zico e o humorista Maurício Meirelles

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Um dia após o ocorrido, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu denúncia contra o apresentador, que solicita a abertura de processo criminal contra ele

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Monark e a empresa dele perderam patrocínios, após o apresentador defender a existência de um partido nazista no Brasil, durante um episódio do Flow Podcast. O podcaster também foi repudiado por associações e federações israelitas

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Por causa da polêmica e repercussão negativa, o apresentador foi demitido dos Estúdios Flow e o episódio em questão foi retirado do ar

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