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PSOL pede que PGR investigue Adrilles por gesto associado ao nazismo

Adrilles Jorges fez gesto que remete a saudação nazista na Jovem Pan News; comentarista foi demitido

atualizado 09/02/2022 15:36

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Fotografia colorida de Adrilles Reprodução

A bancada do PSOL na Câmara pediu nesta quarta-feira (9/2) que a PGR inclua o comentarista Adrilles Jorges na apuração de suposto crime de apologia ao nazismo que envolve o comentarista Bruno Aiub, o Monark, e o deputado Kim Kataguiri, do DEM de São Paulo. A sigla também defendeu investigar a conduta da Jovem Pan News no caso. Na terça-feira (8/2), durante um programa no canal, Adrilles Jorges fez um gesto que remete a uma saudação nazista. O episódio causou sua demissão.

“A restrição ao discurso de ódio e à estigmatização de setores excluídos não ameaça a democracia, mas antes a fortalece”, afirmou o ofício do partido enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras. Na véspera, Aras havia aberto um procedimento para apurar falas de Monark e Kim endossando o reconhecimento de um partido nazista no Brasil. As declarações aconteceram no Flow Podcast.

Após a repercussão do programa, que foi retirado do ar e levou à demissão de Monark, o comentarista Adrilles Jorges, da Jovem Pan, saiu em defesa das declarações de Monark. Nos últimos segundos do programa, seguiu falando, levantou a mão em riste e logo a abaixou, rindo. O gesto remete à saudação nazista “sieg hiel”, do ditador alemão nazista Adolf Hitler.

Adrilles nega ter feito a saudação nazista. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) se disse “estarrecida” com o gesto “repugnante” do comentarista da Jovem Pan. No documento encaminhado à PGR, o PSOL também pediu uma apuração sobre a conduta da Jovem Pan por dano moral coletivo, alegando “grave ofensa aos princípios constitucionais proferidos em uma concessão pública de TV”. O ofício foi assinado pela líder da legenda na Câmara, Sâmia Bomfim, e os deputados Ivan Valente, Talíria Petrone, Luiza Erundina, Glauber Braga, Fernanda Melchionna, Áurea Carolina e Vivi Reis.

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No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”
“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark
Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias
Bruno Aiub, conhecido como Monark, era dono e um dos apresentadores da atração que faz enorme sucesso no YouTube, com mais de 3,6 milhões de seguidores e quase 500 milhões de visualizações na plataforma
Monark disse sentir "simpatia" por quem participou dos atos antidemocráticos em Brasília
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Durante gravação do programa Flow Podcast, um dos apresentadores, conhecido como Monark, 31 anos, defendeu a criação de um partido nazista no Brasil, proibido por lei

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No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”

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“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark

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Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias

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Bruno Aiub, conhecido como Monark, era dono e um dos apresentadores da atração que faz enorme sucesso no YouTube, com mais de 3,6 milhões de seguidores e quase 500 milhões de visualizações na plataforma

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Monark disse sentir "simpatia" por quem participou dos atos antidemocráticos em Brasília

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Além da FFERJ, figuras do mundo esportivo se posicionaram sobre as declarações e convidados também cancelaram suas participações no podcast, entre eles o ex-jogador Zico e o humorista Maurício Meirelles

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Um dia após o ocorrido, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu denúncia contra o apresentador, que solicita a abertura de processo criminal contra ele

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Monark e a empresa dele perderam patrocínios, após o apresentador defender a existência de um partido nazista no Brasil, durante um episódio do Flow Podcast. O podcaster também foi repudiado por associações e federações israelitas

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Por causa da polêmica e repercussão negativa, o apresentador foi demitido dos Estúdios Flow e o episódio em questão foi retirado do ar

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