A alma encantadora das ruas que nem no tempo de João do Rio
Ouso dizer que a rua foi a minha casa. Embora eu nunca tenha morado na rua, sempre me senti muito em casa no meio da rua
Depois de 40 anos de Brasília, me alegro com a gentileza carioca
É bom dia o tempo todo, sorrisos vários, e gestos cordiais e solidários inesperados
Um baita susto, um medo de morrer e alguns encontros muito gentis
Em menos de meia hora de Rio de Janeiro, um baita susto. "Pronto, lá se foi meu único cartão de crédito e débito"
Era grande a saudade do Brasil, esse país tão exilado de si mesmo
Parece estranho para quem vê de fora, mas é assim mesmo. Somos alegria e tristeza em intensidade altissonante, dependendo das circunstâncias
É preciso estar atento para ouvir os recados que vêm do acaso
Houaiss define serendipidade como aptidão, faculdade ou dom de atrair o acontecimento de coisas felizes ou úteis, ou descobri-las por acaso
Os mais incríveis arquitetos do mundo não sabem ler nem escrever
Mamíferos, aves, insetos (e até protozoários) constroem seus abrigos com a matéria-prima que a natureza circundante lhes oferece
A vida só quer viver, que o diga o passarinho do Drummond
Diante de tanta pulsão de morte se impondo como destino do mundo, me agarro com fervor à frase de minha amiga, a vida só quer viver
A condoída arte de morar pendurada em perna de pau
A casa mais inesquecível da minha vida era torta como a Torre de Pisa. Era uma palafita coberta de palha quase à margem do Rio Guamá
A paixão brasileira invade os perfis bem-comportados mundo afora
No quesito brasilidade, somos bem parecidos seja à direita ou à esquerda, inteiramente movidos pelo coração
Uma repórter de quase 70 anos percorre, sozinha, a Amazônia
Nascida no Rio Grande do Sul, Cristina Ávila está perto de completar 70 anos, dos quais mais de 40 dedicados à reportagem
Meu paraíso tem nome, dois nomes, Yasujiro Ozu e Lucio Costa
Há em Lucio e em Ozu um desejo exorbitante da beleza desprovida de qualquer excesso, uma recusa absoluta ao supérfluo
Que mulher é essa, totalmente brasileira, que nos espanta?
Como foi bom acompanhar, noite adentro, coração na boca, o Globo de Ouro, mesmo sabendo que a vitória de Fernanda Torres era improvável
