O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quinta-feira (8/10), a partir das 14h, se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai depor por escrito no inquérito que investiga suposta interferência na Polícia Federal (PF).
A sessão desta quinta-feira (8/10) será a última a contar com a participação do ministro Celso de Mello, que se aposentará no dia 13 de outubro.
O processo, aberto em maio, investiga as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro de que o presidente planejou interferir na PF. Bolsonaro nega ingerências na corporação.
Em abril, quando deixou o ministério, Sergio Moro acusou Bolsonaro de o pressionar para que mudasse o comando de superintendências da Polícia Federal, além de pedir o compartilhamento de relatórios de inteligência da PF.
A troca do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, levou Moro a pedir demissão do Ministério de Justiça e Segurança Pública.
“Pra mim, esse último ato [a exoneração de Valeixo] é uma sinalização de que o presidente me quer realmente fora do cargo. Essa precipitação na exoneração, não vejo muita justificativa”, afirmou Moro na época.
Moro disse que via com preocupação a troca no comando da PF por considerar que se tratava de uma interferência política do presidente da República. Disse também que em mais de uma ocasião, Bolsonaro demonstrou que queria alguém de sua confiança para ser diretor da instituição.
