O Senado Federal deve deixar para terça-feira (31/03) quaisquer ampliações na concessão do “coronavoucher” de R$ 600 a trabalhadores afetados pelo isolamento provocado em razão da pandemia do novo coronavírus.
A estratégia, segundo o presidente da Casa em exercício, Antonio Anastasia (PSD-MG), é garantir a aprovação do benefício em votação ainda nesta segunda-feira (30/03) e deixar a extensão a outras categorias para discussão posterior.
“A combinação feita com a unanimidade dos líderes foi no sentido de que ele (o projeto que estabelece o benefício) terá tão somente emendas de redação, que aperfeiçoam e esclarecem a questão formal; não mudam a questão do mérito”, explicou Anastasia.
Na última quinta-feira (26/03), os deputados aprovaram o auxílio emergencial após negociação do valor com o governo federal. Para que o “coronavoucher” passe a ser concedido, ainda falta a análise do Senado.
Se não houver mudanças no mérito do texto, a matéria segue diretamente à sanção presidencial — do contrário, precisaria ser novamente votada na Câmara dos Deputados.
“Como existem diversas ideias dos senadores no mérito do tema, ficou também acordado que estas ideias serão todas coligadas em um projeto que será apresentado e discutido na sessão de amanhã, sendo o relator o senador Esperidião Amin (PP-SC)”, complementou o político mineiro. A ideia é apensar matérias diversas que tratem do assunto e incluir, ainda, novas sugestões de parlamentares.
Anastasia não adiantou, contudo, quais mudanças na redação estarão no parecer do relator, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Ele alegou que ainda não teve acesso ao texto. A expectativa é de que pelo menos uma alteração seja incluída: a garantia do voucher também para contratos intermitentes.
Na sessão remota desta segunda-feira, além do voucher, deve ser votado também outra matéria, que garante merenda escolar, mesmo sem aulas, durante a pandemia.