O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) voltou a se colocar como nome provável à disputa presidencial nas eleições de outubro. Sabatinado na Brazil Conference, em Boston (EUA), Moro afirmou estar à disposição da terceira via. No entanto, ponderou que a candidatura depende da legenda a qual se filiou.
O ex-juiz da Lava Jato declarou que viu seu nome subir nas pesquisas de intenção de voto antes de sair do Podemos e se declarou como “competitivo”.
Moro, no entanto, luta contra uma realidade exposta por ele mesmo ao se filiar ao União Brasil. Em 31 de março, quando trocou o Podemos pelo União Brasil, já sabia que a mudança estava condicionada a sua desistência da corrida ao Palácio do Planalto.
Em nota, na ocasião, o ex-juiz afirmou: “Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”. Depois tentou voltar atrás.
No entanto, o União Brasil não tem interesse em lançar Sergio Moro como o seu candidato à Presidência, nem ao Senado por São Paulo. O partido, que vetou a pré-candidatura presidencial do ex-juiz, entende que sairia prejudicado por não ser “dono” do mandato de Moro em caso de eleição. E não o quer como senador.
O União gostaria que Moro participasse do pleito como candidato a deputado federal. Entretanto, na sexta-feira (8/4), o ex-juiz fez um anúncio que surpreendeu o mundo da política: não vai se lançar a deputado.
