Audiência com Pimenta na Câmara acaba em confusão

Paulo Pimenta prestou esclarecimentos sobre a investigação da Polícia Federal diante da disseminação de fake news

atualizado 11/06/2024 19:38

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Foto colorida do Ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta - Metrópoles Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

O ministro da Secretaria Extraordinária, Paulo Pimenta, prestou explicações nesta terça-feira (11/6) na Câmara dos Deputados sobre a investigação da Polícia Federal (PF) acerca da disseminação de informações falsas sobre a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Após horas de discussões acaloradas, o ministro deixou a sessão em meio a uma confusão com deputados da oposição.

Paulo Pimenta esteve na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O convite para que o ministro esclareça as investigações partiu da oposição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acusa a gestão petista de usar a PF para investigar opositores.

O ministro deixou a sessão depois que deputados o acusaram de não responder as perguntas dos parlamentares.

Veja:

A confusão na CCJ da Câmara acontece depois que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), indicar que irá adotar medidas severas para embates “quase físicos” entre os deputados.

“Não podemos mais continuar assistindo aos embates quase físicos que vêm ocorrendo na Casa e que desvirtuam o ambiente parlamentar, comprometem o seu caráter democrático e — principalmente — aviltam a imagem do Parlamento na sociedade brasileira”, escreveu Arthur Lira na rede social X, antigo Twitter.

A investigação da PF começou depois do pedido do ministro Paulo Pimenta. Em ofício encaminhado por ele ao Ministério da Justiça, Pimenta listou uma série de influenciadores digitais e postagens na internet que divulgam informações falsas sobre o trabalho de resgate e recuperação do Rio Grande do Sul.

O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que pediu a audiência, argumenta que o governo utiliza a máquina pública para perseguir opositores políticos. O parlamentar, inclusive, protagonizou a primeira discussão com o ministro extraordinário.

Bilynskyj questionou Pimenta sobre o ministro levar a esposa para o trabalho realizado no Rio Grande do Sul. Paulo Pimenta, por sua vez, destacou que tem um bom relacionamento e alfinetou o deputado.

“Sou ministro, participo de eventos públicos e muitas vezes a minha esposa me acompanha. Não posso dizer o mesmo do senhor. Se o senhor acha que tem alguma coisa estranha nisso, inclusive tenho uma relação com ela de respeito. A minha delegação sou eu que escolho e com ela eu mantenho uma relação de respeito, sem violência, sem agressão e para mim é um orgulho ela poder andar junto comigo”, disse Pimenta.

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) citou investigações da alta cúpula do PT e rachadinha por parte de parlamentares da base do governo, como é o caso de André Janones (Avante-MG), que é investigado pela prática.

Ao se defender, Paulo Pimenta citou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e enfatizou que nunca foi investigado pela Lava Jato.

“Lamento sua desfaçatez. Nunca fui investigado pela Lava Jato, nunca fui condenado em processo criminal. Eu lamento. O senhor olhou para mim e lembrou do Flávio Bolsonaro. Ele é quem faz rachadinha. O senhor está alí do lado do Eduardo Bolsonaro”, disse Pimenta.

A Lava Jato chegou a investigar Paulo Pimenta, quando ele ainda era deputado, mas o inquérito foi trancado depois de determinação de desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Confira a audiência completa:

Rio Grande do Sul

O presidente Lula escolheu Paulo Pimenta para atuar diretamente na articulação para a reconstrução do Rio Grande do Sul. A ideia do governo federal é manter o ministro de forma permanente no território gaúcho enquanto durar a calamidade pública no estado, coordenando ações de órgãos federais.

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Igo Estrela/Metrópoles

O Rio Grande do Sul sofre com as consequências das fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos meses. A tragédia climática impactou vidas, economia e produção agrícola da região.

Segundo informações da Defesa Civil gaúcha, 2.398.255 pessoas e 478 foram afetados pelos temporais.

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