Empresários interessados em aderir às linhas de crédito anunciadas pelo governo federal para socorrer negócios no Rio Grande do Sul (RS) poderão buscar as instituições financeiras para negociar financiamentos a partir desta terça-feira (11/6).
De acordo com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) — responsável por administrar o recurso —, Aloizio Mercante, cinco bancos e duas cooperativas de crédito estão prontas para receber as propostas.
São eles: Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banrisul, Bradesco, Badesul, Banco Safra e as cooperativas Sicredi e Cresol. A expectativa é que todas as instituições vinculadas ao BNDES sejam habilitadas para oferecer o crédito.
Após a contratação, o recurso está previsto para ser liberado em 21 de junho. O prazo para aderir às linhas é de um ano.
O pacote foi anunciado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último dia 29 de maio. Será oferecido um total de R$ 15 bilhões em crédito para empresas comprarem equipamentos e recuperarem estruturas.
Podem aderir pessoas jurídicas de todos os portes, produtores rurais, transportadores autônomos de carga e empresários individuais de cidades que tiveram o estado de calamidade reconhecido pelo governo federal.
O financiamento é dividido em três linhas:
- Máquinas e equipamentos: até R$ 300 milhões; prazo de até 5 anos, com 1 de carência; e taxa de juros de 0,6% ao mês
- Investimento e reconstrução: até R$ 300 milhões; prazo de até 10 anos, com 2 de carência; taxa de 0,6% ao mês
- Capital de giro (apoio para necessidades imediatas): R$ 400 milhões; prazo 5 anos, com 1 de carência; taxa de 0,9% ao mês.
Manutenção de empregos
Mercadante também destacou que as empresas que contratarem o financiamento devem retomar, em um prazo de 10 meses, o nível de emprego que tinha antes da tragédia.
“Tem um prazo para ela [empresa] refazer aquele nível de emprego que ela tinha. Essa é uma meta importante, que o empresário tenha compromisso de voltar a ter emprego. Não só para você diminuir a crise social, mas também para reestabelecer o mercado de consumo. Vai reativar a economia da região”, afirmou o presidente do BNDES.