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Tal pai, tal filho – no caso, Eduardo Bolsonaro, o Zero Três

Argumento usado para defender cloroquina serve para que deputado reconheça que não há provas do que o seu pai disse sobre fraude em eleição

atualizado 18/05/2021 8:13

Eduardo Bolsonaro discursa, sem máscara - Reprodução/Instagram

O que sobra de imaginação no presidente Jair Bolsonaro para justificar o injustificável, falta no seu filho Eduardo Bolsonaro, o Zero Três, deputado federal e diplomata frustrado.

O pai ficou rouco de repetir ao longo da pandemia que se não havia provas da eficácia da cloroquina para o tratamento precoce da doença, também não havia de que fosse ineficaz.

Um falso argumento que custou a vida de milhares de pessoas que acreditaram nele. Cientistas e médicos sempre disseram que contra o vírus só havia um remédio: vacina.

Eduardo adaptou o argumento do pai sobre a cloroquina para defender a troca do voto eletrônico pelo voto impresso durante reunião, ontem à tarde, na Câmara dos Deputados.

Em 20 de março de 2020, em viagem a Miami, Bolsonaro afirmou que, no seu modo de entender, houve fraude para impedi-lo de se eleger presidente no primeiro turno da eleição de 2018.

Prometeu que apresentaria provas disso em breve. Mais de um ano depois, nunca as apresentou. Eduardo saiu em socorro do pai ao dizer para espanto dos seus pares:

– Da mesma maneira que nós não temos como comprovar que houve fraude, o outro lado também não tem como comprovar que não houve fraude.

Dos três filhos zero de Bolsonaro, Eduardo é apontado como seu mais provável herdeiro político. Flávio, o senador, está enrolado com rachadinhas. Carlos, o vereador, pensa em aposentar-se.

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