Um dos suplementos que mais despertam a curiosidade das pessoas, atualmente, certamente é a creatina. Inclusive, não apenas informações confiáveis circulam por aí, como também muitos mitos.
A creatina é um dos suplementos mais utilizados, com o uso regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e ocupa o posto de um dos produtos mais vendidos no Mercado Livre em 2022.
E o suplemento não alcançou o pódio à toa. De fato, o uso regular da substância promove diversos benefícios à saúde, principalmente quando o assunto é manutenção da massa muscular, já que a creatina ajuda na produção de energia desse tecido.
Contudo, uma informação que se dissemina sobre o suplemento é que seu uso estaria associado ao ganho de peso, ou seja, que levaria a engordar. É válido frisar que, segundo um estudo realizado pelo Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Universidade de São Paulo (USP), esse ganho de peso não é motivado pelo ganho de gordura em si, mas, sim, pelo aumento da massa muscular.
Logo, o peso na balança em nada tem a ver com o ganho de gordura, já que ele tende a aumentar devido à maior presença de água na musculatura corporal. É preciso ter em mente que a creatina pode ser uma boa aliada no emagrecimento, já que ela irá ajudar na maior produção de energia do tecido muscular. Porém, o fator determinante se a pessoa irá emagrecer ou engordar será sempre a dieta, que dita a regra quando o assunto é emagrecimento.
Ainda de acordo com o artigo da USP, a creatina tem um alto poder osmótico. Ou seja, ela atrai maior volume de água para o interior das células musculares e, consecutivamente, ocorre um aumento do volume total de água no organismo.
Por isso, um dos efeitos do uso da substância pode ser considerado a retenção hídrica, mas isso não representa, necessariamente, que seja algo ruim, já que a água está contribuindo para o ganho de massa muscular.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica
