Trabalhar sentado aumenta risco de morte prematura, mostra estudo

Pesquisa revelou que ficar sentado durante a jornada de trabalho aumenta em 34% o risco de morte por doenças cardiovasculares

atualizado 22/01/2024 13:21

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Escritório com pessoas sentadas trabalhando Semana de 4 dias - Metrópoles Getty Images

As pessoas que passam longos períodos da jornada de trabalho sentadas correm maior risco de morte prematura. Feita por pesquisadores da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, a descoberta foi publicada na revista Jama Network Open, na sexta-feira (19/1).

O estudo se soma a outros que consideram o sedentarismo como o mais importante problema de saúde da atualidade e, dentro dessa toada, os cientistas têm dito que “ficar sentado é o novo fumar”.

Os pesquisadores analisaram as informações de 481.688 indivíduos ao longo de duas décadas, com ênfase na maneira como eles passavam a jornada de trabalho, bem como seus hábitos para manter a saúde física. Os dados foram separados e ajustados por sexo, idade, tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal (IMC).

Ao longo das duas décadas, 26.257 pessoas registradas no estudo morreram. Entre elas, 15.045 (57%) ocupavam cargos que as faziam passar a maior parte do dia sentadas.

Segundo os resultados, os voluntários que passavam a maior parte da jornada de trabalho sem se movimentar tinham 16% mais risco de sofrer uma morte prematura. O risco de morte por doenças cardiovasculares foi 34% maior para o grupo que permanecia sentado por mais tempo.

As pessoas que levavam uma rotina híbrida – alternada entre entre estar sentado e não sentado no trabalho – não apresentaram um risco de morte aumentado.

De acordo com os pesquisadores, o risco de morte prematura e o desenvolvimento de doenças cardíacas pode ser compensado com 15 a 30 minutos de exercícios vigorosos por dia.

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente
De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias
Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos
Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono
Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes
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Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, exercitar-se ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor

Mike Harrington/ Getty Images
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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente

Hinterhaus Productions/ Getty Images
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De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias

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Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos

Nisian Hughes/ Getty Images
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Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono

skaman306/ Getty Images
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Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes

Tom Werner/ Getty Images
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A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural, ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida

Thomas Barwick/ Getty Images
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Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor

Justin Paget/ Getty Images

Mudanças na rotina de trabalho

Os autores do trabalho defenderam mudanças na rotina de trabalho para melhorar a saúde dos profissionais. Pausas mais frequentes, mesas em pé, áreas de trabalho designadas para atividades físicas e benefícios de inscrição em academias são algumas das sugestões feitas pelos cientistas.

“Como parte do estilo de vida moderno, a jornada ocupacional prolongada foi considerada normal e não recebeu a devida atenção, embora tenha sido demonstrado seu efeito deletério nos resultados de saúde. Nossas descobertas sugerem que reduzir a permanência prolongada no local de trabalho e/ou aumentar o volume ou a intensidade da atividade física diária pode ser benéfico na mitigação dos riscos elevados de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares associadas à permanência ocupacional prolongada”, afirmou o principal autor do estudo, Wayne Gao, no trabalho.

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