Taxa de cesarianas no Brasil é quase duas vezes superior à dos EUA

Total de procedimentos no país chega a 55,5%; em hospitais particulares, o índice pode atingir 84%. Os dados são do Ministério da Saúde

atualizado 13/06/2019 14:31

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pés de bebê - parentalidade Luma Pimentel, Unsplash

Cesariana é a forma de parto mais comum no Brasil. Do total de procedimentos realizados no país, 55,5% são cesáreas – segundo dados do Ministério da Saúde. Em hospitais particulares, a taxa pode chegar a 84%. Para se ter uma ideia, o índice total nos EUA é de 32.9%.

Ao redor do mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem realizando campanhas de conscientização para reduzir o número de cesáreas eletivas. Atualmente, o organismo internacional estima que a cesárea seria necessária em somente 10% dos partos.

Especialistas de saúde consideram o procedimento duas vezes mais perigoso para as mães, com alta taxa de mortalidade, além do tempo de recuperação ser maior. Por ser uma operação, os riscos de hemorragia ou infecção na cesárea são mais comuns quando comparada aos partos normais. No caso dos bebês, ocorrem mais problemas respiratórios, diabetes e aumento da pressão sanguínea.

De acordo com a Resolução nº 2.144/2016, do Conselho Federal de Medicina (CFM), “é ético o médico atender à vontade da gestante de realizar parto cesariano” eletivo somente a partir de 39 semanas. Segundo documento, o período de 37 a 39 semanas, mesmo que seja o final da gravidez, é considerado crítico para o desenvolvimento do bebê, principalmente do pulmão.

Espetáculo
Matéria recente do jornal americano Washington Post satiriza a situação no Brasil para além dos números. Segundo o veículo, as cesarianas eletivas no Brasil são consideradas um status social da elite. A população brasileira mais rica prefere evitar a “imprevisibilidade do parto” e transformar o nascimento em um fenômeno. Esse comportamento tem inspirado o surgimento de uma nova indústria, parecida com a do casamento – há maquiadores, bufês e floriculturas focados em trabalhar com gestantes.

Um dos exemplos é o da empresa Estúdio Matre, especializada em planejar festas em maternidade. Ainda segundo o jornal, clientes que contratam os serviços dessa firma chegam a pagar mais de 10 mil reais por arranjos diversos de flores, livro de assinatura para visitantes, garrafas de água personalizada, entre outras lembrancinhas.

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