Jovem fica 15 dias com gaze na barriga após parto prematuro no Hmib

Adolescente deu à luz no sétimo mês de gestação e objeto foi descoberto na última sexta-feira (5/4)

atualizado 09/04/2019 13:09

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iStock/Foto ilustrativa

G.L., 17 anos, teve forte sangramento aos sete meses de gravidez e foi submetida a uma cesariana de emergência no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em 22 de março. Apesar do susto, o bebê, uma menina, nasceu saudável. A mãe, contudo, foi vítima de negligência médica – uma gaze foi esquecida em seu abdômen e tornou a recuperação mais dolorosa.

A cirurgia para retirada do objeto aconteceu na manhã desta segunda-feira (8), dois dias depois de as enfermeiras terem notado um calombo na altura do estômago de G. e a radiografia ter revelado a gaze. O material esteve no corpo da paciente por 15 dias, desde o parto da criança.

Segundo o namorado da moça e pai da criança, L.H.S., 20, o último fim de semana foi à base de remédios para controlar a dor da companheira. “Ela tirava o leite do peito e dava para nossa filha. Ficou mais na cama mesmo, sentindo dores”, relata o rapaz.

Segundo L., a cirurgia para a retirada do material deveria ter acontecido ainda na sexta, mas foi adiada, pois a jovem já teria se alimentado. “Não disseram direito o motivo de não ter acontecido no domingo também, aí deixaram para segunda”, conta.

De acordo com L., ao confrontar a equipe do local sobre a gaze esquecida, teria ouvido do médico responsável que ele havia ido buscar algum equipamento e, na volta, tinha se esquecido de conferir o abdômen da moça antes de costurar a barriga. “Preferi sair da sala para me acalmar e não tratar ele mal”, diz.

O rapaz promete acionar a Justiça por reparação. “Estou correndo atrás de cópias dos documentos para ver o que podemos fazer.”

Material cedido ao Metrópoles
Radiografia mostra gaze no abdômen da jovem

O que diz a SES
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) afirmou, por meio de nota, que a conduta do médico “está sendo apurada para demais esclarecimentos”. “Toda assistência foi prestada para que a vida da mãe e do bebê fossem preservadas, inclusive o útero da paciente”, disse.

A pasta ainda detalhou o atendimento a G. e afirmou que a jovem teve um quadro grave de descolamento prematuro de placenta e hemorragia. “Ela passou por uma cesariana de urgência para retirar o bebê, pois ambos corriam risco de morte. Após o procedimento cirúrgico, a mãe foi levada para a UTI materna por conta de uma anemia grave para receber dosagens de ferro sérico”, detalhou.

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