Que nem o Popeye: estudo sugere consumo de espinafre contra a demência

Antioxidantes presentes nos vegetais folhosos podem retardar o desenvolvimento de demência, de acordo com pesquisa americana

atualizado 05/05/2022 16:36

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Orlando Drummond Reprodução

Com o avanço da medicina, a população mundial está vivendo cada vez mais. Em contrapartida, aumentam os casos de doenças que se desenvolvem com o passar dos anos. Uma das mais comum é a demência.

Mas, de acordo com pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, a resposta para evitar a condição pode estar no prato. Segundo os cientistas, três antioxidantes estão ligados à diminuição do risco de desenvolver demência e dois deles, a luteína e zeaxantina, estão presentes em vegetais folhosos verdes (como o espinafre). A outra substância, beta-criptoxantina, pode ser encontrada em laranjas e no mamão.

“Estender as funções cognitivas das pessoas é um desafio de saúde pública importante. Os antioxidantes podem ajudar a proteger o cérebro do estresse oxidativo, que causa danos às células”, explica a principal autora do estudo, a pesquisadora May Beydoun.

A pesquisa foi publicada na revista científica Neurology. A equipe analisou amostras de sangue de mais de 7 mil pessoas com mais de 45 anos. Todos foram monitorados por 16 anos para que os cientistas avaliassem o risco de desenvolver demência.

As amostras foram divididas em três grupos baseados na quantidade de antioxidantes, e os pesquisadores perceberam uma queda de 7% no risco de ter demência a cada 15,4 micromols por litro a mais de luteína e zeaxantina. A chance de ter a doença diminuiu 14% a cada 8,6 micromols por litro a mais de beta-criptoxantina.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

Divulgação
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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

Agência Brasil
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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Os efeitos dos antioxidantes para evitar a demência foram menores quando outros fatores foram levados em consideração, como os níveis de atividade física, faixa salarial e educação.

Os pesquisadores assumem que é preciso desenvolver a pesquisa para entender exatamente como as substâncias atuam no envelhecimento do cérebro, e que o estudo baseado apenas em amostras de sangue pode não representar exatamente os níveis das substâncias ao longo da vida.

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