Estudo brasileiro revela que ultraprocessados podem causar demência

Se mais de 20% da dieta de um indivíduo for composta por ultraprocessados, essa pessoa está aumentando o risco de desenvolver demência

atualizado 12/12/2022 19:29

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Foto colorida de batata frita com catchup Istock

Depois de um dia cansativo e corrido, uma pizza congelada ou um fast food parecem ser boas alternativas de refeição prática para o jantar. No entanto, um estudo recente constatou que o consumo de alimentos ultraprocessados pode aumentar os riscos de demência.

De acordo com a pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) e publicada na revista Jama Neurology, em indivíduos com mais de 20% da dieta diária composta por alimentos ultraprocessados, o declínio cognitivo pode ser acelerado. A área do cérebro responsável por processar informações e tomar decisões será especialmente impactada.

O estudo

A pesquisa acompanhou mais de 10 mil brasileiros durante 10 anos. Os voluntários deveriam informar sua dieta e eram submetidos a testes cognitivos de recordação imediata e tardia de palavras, além de avaliações para reconhecimento de palavras e fluência verbal.

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Hábitos alimentares ruins estão associados ao declínio cognitivo
Estima-se que 78 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com demência até 2030
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Segundo coautora do estudo, os brasileiros comem muito fast food

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Hábitos alimentares ruins estão associados ao declínio cognitivo

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Estima-se que 78 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com demência até 2030

haydenbird/GettyImages

Os participantes que comeram mais alimentos industrializados ​​tiveram um declínio da função executiva 25% mais rápido, e uma taxa 28% mais acelerada de comprometimento cognitivo geral, em comparação aos que ingeriram menos comidas processadas.

Em entrevista à CNN, a professora assistente na divisão de geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coautora do estudo, Claudia Suemoto, explica que, no Brasil, os ultraprocessados ​​representam de 25% a 30% do total de calorias consumidas na dieta diária.

“Temos fast food e comemos muito chocolate e pão branco. Não é tão diferente de outros países ocidentais”, ilustra a especialista.

O especialista em medicina preventiva e nutrição David Katz, que não participou do estudo, explica que embora esta não seja uma pesquisa de associação, ou seja, não é realizada para provar causa e consequência, os resultados mostram que a aceleração na deterioração cognitiva pode ser atribuída a alimentos ultraprocessados.

 No entanto, Katz salienta um detalhe interessante na pesquisa. Se as pessoas também comessem frutas, vegetais, grãos integrais e fontes saudáveis ​​de proteína, a associação entre alimentos ultraprocessados ​​e declínio cognitivo desaparecia.

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