Cientistas identificam novo neurônio envolvido na formação de memórias

Descoberta feita em ratos pode, no futuro, influenciar o tratamento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer

atualizado 06/06/2022 19:08

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quebra cabeça que forma imagem de cérebro GettyImages

O cérebro humano tem mais de 900 bilhões de neurônios e, apesar dos avanços da ciência, os pesquisadores ainda estão descobrindo os diferentes tipos de células que ele abriga e quais são as funções específicas delas.

O último achado foi feito por uma equipe da Aarhus University, na Dinamarca, e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Ao estudar ratos, os pesquisadores descreveram um novo tipo de neurônio que está relacionado com a transformação de grandes eventos em memórias duradouras.

As células foram chamadas de Theta-Off Ripple-On (TORO) e estão localizadas no hipocampo. O estudo foi publicado na revista científica Neuron.

“Os neurônios TORO propagam as informações de ondas agudas amplamente no cérebro e sinalizam que um evento de memória ocorreu”, explica o pesquisador Marco Capogna, em entrevista ao site da universidade. A atividade das células está sincronizada com ondas magnéticas que são conhecidas por “salvar” as memórias no cérebro.

Os neurônios TORO também parecem estar envolvidos na liberação do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (conhecido pela sigla em inglês, GABA), que é conhecido pelo efeito calmante na atividade cerebral. A maioria das células que emite o neurotransmissor o faz quando o cérebro está em alta atividade, como durante o movimento. Com os neurônios TORO, acontece o oposto.

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“Descobrimos que esse novo tipo de neurônio está mais ativo durante ondas agudas quando o animal está acordado – mas quieto – ou profundamente adormecido”, explica Capogna. “Em contrapartida, o neurônio não está ativo quando há uma atividade lenta e sincronizada da população neuronal chamada ‘teta’, o que pode ocorrer quando um animal está acordado e se move ou em um tipo específico de sono quando geralmente sonhamos“, diz.

Os cientistas acreditam que mais estudos são necessários para entender completamente a função dos neurônios TORO e como eles podem contribuir para o tratamento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

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