Anvisa autoriza retomada dos testes da Coronavac contra Covid-19

Agência Nacional de Vigilância Sanitária havia suspendido o estudo clínico após relato sobre morte de voluntário

atualizado 11/11/2020 15:31

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Primeiro dia de testes da vacina covid-19 sendo aplicada na hub Francisco Willian Saldanha/Ascom Hub

Nesta quarta-feira (11/11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu autorizar a retomada dos testes da vacina Coronavac, contra a Covid-19. O ensaio clínico da imunização, desenvolvida pelo laboratório Sinovac, da China, havia sido pausado na noite de segunda-feira (9/11) após o relato da morte de um voluntário.

No dia seguinte, o Instituto Butantan, responsável pela pesquisa, criticou a agência afirmando que o óbito não estava relacionado à aplicação da imunização. Em seguida, foi revelado que o participante do estudo teria cometido suicídio ou morrido de overdose.

“Após avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador depois da suspensão do estudo, a Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG inesperado e a vacina”, escreve a agência, em nota.

Também em nota, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, classificou a notícia da retomada dos testes como “excelente” e agradeceu a agência pela compreensão e rapidez na decisão.

“Isso vem ao encontro com o que temos afirmado: essa é uma das vacinas mais seguras em desenvolvimento agora. A Anvisa compreendeu nossos argumentos. Esperamos andar com o processo o mais rapidamente possível, pois sabemos que um dia com vacina faz diferença”, escreve Covas.

Polêmica

A suspensão dos testes causou polêmica por ter sido determinada pela agência antes de reunião com os pesquisadores do Butantan, que explicariam as circunstâncias do óbito.

A reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que comemorou a pausa nos testes da Coronavac como uma “vitória” contra o governador de São Paulo, João Doria, levantou suspeitas sobre um possível uso político do fato.

Em entrevista coletiva na terça (10/11), o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, negou que a suspensão da vacina tenha tido motivações políticas e afirmou que a pausa para investigação do caso foi decidida pela área técnica da agência. Segundo Torres, a Anvisa não recebeu informações completas sobre o fato até então e, diante disso, teria optado pela cautela ao interromper os ensaios da vacina.

A vacina chinesa, que se encontra na fase 3, está sendo testada no Brasil e foi adquirida pelo governo paulista. No Distrito Federal, o estudo clínico é comandado pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB).

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