Brasileiro ama amendoim. O fruto oleaginoso está presente na preparação dos nossos doces típicos, como pé de moleque e paçoca. Também é encontrado com facilidade nas mesas dos botecos, ganhando o título de petisco oficial do país. Recentemente, o alimento em forma de pasta entrou na dieta de muita gente. Mas, apesar de delicioso, o ingrediente pode ser prejudicial à saúde.
O amendoim, muitas vezes, carrega a aflatoxina — uma micotoxina produzida por dois fungos que contaminam os alimentos. A substância ainda pode ser encontrada no figo seco, trigo, milho, leite, na cevada e em castanhas. A presença desse tóxico, na grande maioria das vezes, está associada às condições inadequadas de secagem e armazenamento dos produtos.
A aflatoxina, quando ingerida por humanos, é metabolizada pelo nosso organismo em substâncias que têm potencial cancerígeno. A International Agency for Research on Cancer classifica a micotoxina como um carcinógeno do grupo 1 — definição dada a elementos comprovadamente nocivos ao ser humano.
Os efeitos da substância se dão nos órgãos digestivos, especialmente no fígado. A exposição à aflatoxina a longo prazo é um fator de risco para desenvolver o carcinoma hepatocelular ou câncer de fígado. Essa combinação causa cicatrizes no órgão, perda de nutrientes, inflamação do trato digestivo e outros problemas graves de saúde que podem levar à morte.
A incidência da micotoxina nos alimentos foi descoberta nos anos 1950, na Inglaterra. Pesquisadores começaram a investigar a toxina porque um grande número de animais de pequeno porte estavam morrendo. Identificou-se, posteriormente, que a ração dos bichos era feita a partir de farelo de amendoim.
Entre as recomendações para comprar um alimento de melhor qualidade, estão: escolher produtos que tenham selo de garantia, verificar o prazo de validade, dar preferência a embalagens menores, observar se o pacote comprado no supermercado está danificado, consumir os alimentos em curtos períodos e armazená-los em locais frescos.
