Amamentação reduz risco de malária entre crianças, mostra estudo

Crianças da Amazônia amamentadas diminuíram o risco de desenvolverem malária em 79,8% nos primeiros dois anos de vida

atualizado 20/12/2022 16:51

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imagem colorida, mãe amamentando bebê iStock/Foto ilustrativa

Um estudo brasileiro que acompanhou crianças nascidas entre 2015 e 2016 na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, mostra que a amamentação nos dois primeiros anos de vida de bebês da Amazônia está relacionada a um risco significativamente menor de infecção pelo Plasmodium vivax, parasita causador da malária.

A pesquisa, publicada em outubro no Pediatric Infectious Disease Journal, é a primeira a indicar o aleitamento materno como fator de proteção contra o parasita responsável por 85% dos casos de malária na região.

Os pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) fizeram testes sorológicos para medir as taxas de anticorpos de memória (IgG) para três diferentes antígenos do parasita em 435 crianças de 1 e 2 anos de idade.

As crianças nascidas de mulheres infectadas pelo P. vivax durante a gravidez tinham menor probabilidade desenvolver malária. As amamentadas por 12 meses ou mais tinham 78,9% de probabilidade de terem anticorpos contra o parasita.

Os resultados foram obtidos no âmbito do Estudo MINA – materno-infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia ocidental brasileira, realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no Vale do Juruá, região que responde por 18% dos casos de malária no país.

“Muitos casos são assintomáticos ou com sintomas leves, o que faz com que nem todos busquem auxílio médico e sejam testados”, explica a professora da FSP-USP e coordenadora do Estudo MINA, Marly Augusto Cardoso.

Amamentação

Os pesquisadores ressaltam a importância do leite materno como alimentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida do bebê e a continuação, com a inclusão de outros alimentos até, ao menos, os dois anos de idade, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O próximo passo do estudo é analisar os impactos da doença no desenvolvimento das crianças.

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