São Paulo — Uma sirene será acionada na Avenida Paulista, em São Paulo, para relembrar os seis anos da tragédia de Brumadinho (MG), quando uma barragem se rompeu na cidade e vitimou 272 pessoas. A ação, promovida pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti, acontecerá no domingo (26/1), às 12h28, horário exato do deslizamento.
A iniciativa faz parte do Ato por Memória e Justiça, que terá programação gratuita desde as 10h da manhã até as 16h da tarde na Avenida Paulista, incluindo plantio de mudas, pinturas, performances, exposições e exibição de um filme. A escolha por tocar uma sirene, segundo o Instituto, é para marcar na memória o ocorrido e relembrar que, seis anos antes, a mesma sirene não tocou.
Em nota, a presidente do Instituto, Helena Taliberti, destaca a falta de justiça e reparação como principais motivos para a ação. “Minha filha Camila, meu filho Luiz, minha nora Fernanda e meu neto Lorenzo tiveram suas vidas interrompidas por uma tragédia que poderia ter sido evitada. A morte deles não pode ter sido em vão”.
No ato, também serão colhidas assinaturas para o manifesto “Basta de impunidade: Justiça por Brumadinho”, para pressionar que os processos sobre a tragédia tramitem mais rápido. Segundo Helena, cada intervenção honra a memória das 272 vítimas e fortalece a busca por justiça.
“Meus filhos estavam lá a passeio e morreram”, declara a fundadora do instituto
Sobre o instituto
O Instituto Camila e Luiz Taliberti, fundado em 2019, é uma organização sem fins lucrativos criada em homenagem a Camila e Luiz Taliberti, vítimas da tragédia em Brumadinho. Com sede em São Paulo, promove ações de memória, justiça e prevenção de outras tragédias socioambientais, além de conscientizar a sociedade sobre os impactos da mineração do Brasil.
