PCC pagou R$ 800 mil a policiais que faziam videochamada da prisão

Apuração do Ministério Público de São Paulo indica que investigadores da Polícia Civil receberam R$ 800 mil por meio de advogados do PCC

atualizado 05/02/2025 7:56

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Policiais civis Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro" (esq.), e Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo", presos por envolvimento com o PCC - Metrópoles Reprodução

São Paulo — Os policiais civis Valmir Pinheiro, conhecido como Bolsonaro (à esquerda na imagem), e Valdenir Paulo de Almeida, apelidado de Xixo (à direita), são acusados de receber propina de R$ 800 mil para arquivar investigações sobre tráfico de drogas. Ambos estão presos preventivamente desde setembro passado.

Segundo apuração do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o valor teria sido pago pelo narcotraficante João Carlos Camisa Nova Júnior para livrá-lo de diligência sobre envio de toneladas de cocaína para a Europa.

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Policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo" (esq.), e Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro", presos por envolvimento com o PCC
Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos
Vinicíus Gritzbach, delator do PCC
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ
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Policiais civis Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro" (esq.), e Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo", presos por envolvimento com o PCC

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Policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo" (esq.), e Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro", presos por envolvimento com o PCC

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Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos

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Vinicíus Gritzbach, delator do PCC

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

Divulgação

As investigações indicam que o pagamento de propina aos policiais era feito mensalmente por advogados do Primeiro Comando da Capital (PCC) entre 2020 e junho de 2021. A propina resultou no arquivamento de apurações e na interrupção de inquérito policial realizado pelo Departamento de Narcóticos (Denarc).


Relembre o caso

  • Os policiais foram indiciados por crimes contra a administração pública, usura, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
  • O delator do PCC Vinícius Gritzbach, morto com 10 tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro, teria informado a Bolsonaro e Xixo a localização de 15 casas cofre da facção, onde ficavam escondidos milhões de reais em espécie.
  • Os policiais teriam ido aos locais, sem mandado, e se apropriado dos valores, causando prejuízo de R$ 90 milhões aos criminosos. Bolsonaro e Xixo foram citados por um integrante do PCC identificado como Tacitus em mensagens enviadas ao próprio Gritzbach e a delegados.
  • “O Vinícius passou informações das ‘casas cofre’ para o Xixo e o Pinheiro, esses policiais invadiram as casas ‘cofre’ sem mandado judicial, roubando milhões de reais em espécie da ’empresa’”, afirma o faccionado.

Celulares

Nessa terça-feira (4/2), os investigadores foram alvo de busca e apreensão em operação deflagrada pelo MPSP e da Corregedoria da Polícia Civil.

Segundo as apurações, os policiais usavam celulares dentro do presídio para se comunicar com comparsas por meio de videochamadas e pressioná-los a omitir informações em depoimento. O MPSP afirma que os celulares entraram na cadeia com ajuda de dois familiares dos suspeitos.

A ação apreendeu 23 aparelhos celulares dentro de celas do presídio da Polícia Civil, na avenida Zaki Narchi, zona norte de São Paulo, onde estão presos agentes suspeitos de ligação com o PCC.

Foram encontrados na vistoria: 23 celulares (o presídio mantém, atualmente, 69 presos); R$ 21.672,15; 11 smartwatches; 14 carregadores de celular; 26 fones de ouvido; pequena quantidade de droga; dólares, euros e um notebook.

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