PCC: da prisão, policiais civis faziam videochamadas para comparsas

Operação deflagrada nesta terça apreendeu, no Presídio da Polícia Civil, os celulares usados pelos investigadores para pressionar parceiros

atualizado 04/02/2025 14:18

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Policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo" (esq.), e Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro", presos por envolvimento com o PCC - Metrópoles Reprodução

São Paulo – Dois policiais civis suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e detidos preventivamente no presídio da corporação em São Paulo foram alvo, nesta terça-feira (4/2), de uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Corregedoria da Polícia Civil.

De acordo com as investigações, os dois policiais civis – os investigadores Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo” (à esquerda na imagem), e Valmir Pinheiro, o “Bolsonaro” (à direita) – usavam celulares introduzidos ilegalmente dentro do presídio para contatar parceiros por meio de videochamadas e pressioná-los a omitir informações a seu respeito em depoimento.

Os policiais foram indiciados na Operação Face Off, em setembro do ano passado, por crimes contra a administração pública, usura, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo o MPSP, eles teriam recebido cerca de R$ 800 mil em propina para arquivar investigação de tráfico.

A Operação Video Vocacionis, que acontece nesta terça-feira, teve por objetivo apreender os aparelhos celulares utilizados pelos policiais. A corporação alega que os celulares foram introduzidos no presídio com ajuda de dois familiares dos suspeitos.

Delegado preso

Ainda nesta terça, foi cumprido um mandado de busca e apreensão contra o delegado Alberto Pereira Matheus Jr., investigado por envolvimento em esquema de corrupção que teria relação com a morte de Vinícius Gritzbach, o delator do PCC.

O delegado alcançou a classe especial, um dos mais altos níveis hierárquicos da Polícia Civil e é chefe da seccional de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Antes de assumir o cargo, ele ocupou postos no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e no Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc), trabalhando em diversos casos que envolviam o crime organizado.

O nome do delegado surgiu nas investigações por meio de um dos policiais militares presos por extorquir o delator do PCC. De acordo com apuração do Metrópoles, foi descoberto um Pix para a esposa e para o filho de Alberto Pereira Matheus Junior no telefone de um dos PMs presos.

Para executar os três mandados de busca e apreensão, a corporação mobiliza um efetivo de mais de 80 agentes. A denominação da operação, Video Vocacionis, faz referência à expressão videochamada em latim, já que foi dessa forma que os policiais presos contataram seu interlocutor.

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