Caso Gritzbach: polícia investiga 2 suspeitos de mandar matar delator

O delator do PCC Vinícius Gritzbach foi morto a tiros em 8 de novembro do ano passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos

atualizado 21/01/2025 8:43

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PM da ativa que executou Gritzbach a mando do PCC é preso Reprodução

São Paulo – A Polícia Civil investiga dois suspeitos de encomendar o assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) Vinícius Gritzbach, morto a tiros em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Segundo apurou o Metrópoles, o crime executado por policiais militares teria sido encomendado por Ademir Pereira de Andrade e Emílio Carlos Castilho. Ademir foi apontado na delação de Gritzbach como testa de ferro de traficantes do PCC e foi preso em dezembro do ano passado no âmbito de uma operação deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigar lavagem de dinheiro e corrupção policial.

Já Emílio é suspeito de ter participado do sequestro de Gritzbach, em 2022, por integrantes da facção e policiais civis que atuavam junto aos criminosos.

Acusado de desviar parte de um investimento de R$ 100 milhões do PCC em criptomoedas, Gritzbach teria sido submetido a um tribunal do crime e liberado sob promessa de entregar escrituras de imóveis e senhas para que o investimento da facção fosse recuperado.

A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já havia afirmado que os mandantes do assassinato de Vinícius Gritzbach chegaram a oferecer R$ 3 milhões pela execução do homicídio.

No último sábado (18/1), a Polícia Civil prendeu o tenente da PM Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, por suspeita de ter sido o motorista do carro usado no dia da execução de Gritzbach, em 8 de novembro. A defesa dele alega que o tenente é inocente, não fazia parte da escolta de Gritzbach e não esteve no local do crime.

Na semana passada, uma operação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar prendeu o cabo Dênis Martins, apontado como um dos executores do crime. Dênis e Fernando trabalharam no mesmo batalhão de polícia.

Além dele, foram detidos 14 policiais militares da ativa, que atuavam no esquema de segurança privada de Vinícius Gritzbach.

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach
Gritzbach e a namorada
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
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Rival da facção Primeiro Comando do Crime, o PCC, empresário Vinícius Gritzbach foi morto em atentado no Aeroporto de Guarulhos (SP)

Câmera Record/Reprodução
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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução
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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

Reprodução/TV Band
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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach

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Gritzbach e a namorada

Reprodução/Redes sociais
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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação

Entenda o caso:

  • Gritzbach foi assassinado em novembro de 2024, em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O empresário de 38 anos era jurado de morte pelo PCC;
  • Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil;
  • Durante uma delação, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar extorsões cometidas por policiais civis. Tanto eles quanto PMs investigados foram afastados das funções;
  • Na quinta-feira (16/1), uma operação da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) que investiga integrantes da corporação suspeitos de terem envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) prendeu 15 policiais militares;
  • A Corregedoria da PMSP iniciou a Operação Prodotes após receber uma denúncia anônima, em março de 2024, que mencionava supostos vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;
  • A investigação da Polícia revelou que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar do histórico criminal dele, o que levanta a suspeita da participação de PMs na organização criminosa;
  • As apurações também demonstraram que informações estratégicas teriam sido vazadas por policiais militares da ativa, da reserva e ex-integrantes da corporação, o que permitia a integrantes do PCC evitarem prisões e prejuízos financeiros;
  • Entre os agentes presos na quinta-feira, está o policial militar da ativa Dênis Antonio Martins, suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o delator do PCC;
  • Outro tenente foi preso neste sábado (18/1). Fernando Genauro da Silva é suspeito de ser o condutor do carro usado pelos criminosos na execução do empresário.

 

 

 

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