Mãe de menino morto após apanhar na escola diz que família é ameaçada

Michele Teixeira, mãe de Carlos, de 13 anos, afirmou que sofreu ameaças de parentes dos suspeitos de agredirem o filho, morto em abril

atualizado 15/07/2024 15:59

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Imagem colorida de uma mulher sentada Reprodução

São Paulo — A mãe de Carlos Teixeira Gomes Ferreira, o estudante de 13 anos que morreu após ter sido espancado na escola, afirmou que a família tem sofrido ameaças de parentes dos meninos suspeitos das agressões. O caso aconteceu há três meses, na Praia Grande, litoral paulista, e segue sem desfecho.

“Estou na casa da minha mãe sendo cuidada […]. Eu perdi minha liberdade, perdi minha paz. Minha filha tem crise de pânico. Meu marido não tem paz para trabalhar porque eu fico em pânico com medo de acontecer alguma coisa com ele. Porque ameaçam a gente”, disse Michele Teixeira, em entrevista ao G1.

A mulher havia mencionado que a família deixou o local onde mora, em um vídeo publicado nas redes sociais (veja acima). “A minha casa está abandonada porque a gente não consegue entrar e lembrar do sofrimento que meu filho passou ali”, afirmou Michele.

“Tá liberado matar?”

Na publicação, Michele pede por “justiça” e relata que a vida da família foi “destruída”. “Eles destroem uma família inteira, destroem a minha vida, destroem a vida do meu filho. Eu cuidei a vida toda do meu filho. Matam o meu filho e fica por isso mesmo”, relatou a mãe de Carlos.

Segundo a mulher, as investigações sobre o caso não avançaram. A Polícia Civil chegou a apreender dois adolescentes, ambos de 14 anos, suspeitos de participarem das agressões que levaram à morte do estudante. Os alunos apreendidos eram do 6º ano, mesma turma que a vítima.

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Carlos Gomes, de 13 anos, morreu após agressões em escola
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A investigação aponta que eles pularam sobre as costas de Carlos, que sentiu dores e foi levado pelo pai a um pronto-socorro. O jovem foi atendido e liberado. As dores persistiram e Carlos foi levado a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e permaneceu internado. Depois, foi levado à Santa Casa, onde morreu, no dia 16 de abril.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os dois adolescentes foram apresentados espontaneamente pelos pais e levados à Fundação Casa, onde seguem à disposição da Justiça.

A SSP afirmou à época que um terceiro suspeito de participar das agressões foi identificado, mas ele tem 11 anos e não pode ser apreendido, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Eu quero fazer uma pergunta pra vocês: com qual idade tá liberado matar, porque mataram o meu filho, com 11, com 12, com 13, com 14 [anos]. Pode humilhar, pode perseguir, pode matar, tá liberado? O Brasil é um país em que se pode fazer tudo?”, afirmou Michele no vídeo.

“Eles destroem uma família inteira, destroem a minha vida, destroem a vida do meu filho. Eu cuidei a vida toda do meu filho. Matam o meu filho e fica por isso mesmo”, relatou a mãe do jovem morto.

Procurada pelo Metrópoles, a SSP informou que a investigação do caso prossegue pelo 1° DP de Praia Grande. De acordo com a pasta, os laudos periciais seguem em elaboração e serão analisados pela autoridade policial, assim que finalizados.

Vídeos mostram agressão a jovem

Imagens mostram o menino Carlos Teixeira, de 13 anos, sofrendo agressões dentro da escola e chorando de dor em casa. Ele morreu Santa Casa de Santos, no litoral paulista, onde estava internado depois de dois estudantes pularem em suas costas em 9 de abril, na Escola Estadual Júlio Pardo Couto.

No dia 19 de março, alunos da escola hostilizaram o adolescente, que chegou a levar um mata-leão de um deles. A data do registro foi confirmada pela Secretaria da Educação do estado (Seduc).

Em abril, a Seduc afirmou que repudia toda e qualquer forma de agressão e de incitação à violência dentro ou fora das escolas. “Na época, ao tomar ciência do caso apresentado, a gestão escolar acionou o Conselho Tutelar e os responsáveis do aluno. Também registrou o ocorrido no aplicativo do Conviva”. O app é uma plataforma do governo do estado para comunicar ocorrências no ambiente escolar, incluindo agressão, bullying e racismo.

A pasta já havia informado que a Diretoria de Ensino de São Vicente, no litoral, instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações.

Choro de dor

Outro vídeo, gravado pelo pai de Carlos, Julysses Fleming, mostra o adolescente chorando de dor e relatando que foi agredido por um estudante na escola.

Nas imagens, Carlos responde, com dificuldade, a perguntas feitas pelo pai. O adolescente diz o nome e a turma do agressor (censurados no vídeo). Em seguida, Carlos confirma que o estudante pulou em cima dele e diz que, ao respirar, sente dor nas costas. O adolescente relata ainda que nem estava brincando com o colega.

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