Delegado bloqueou contato de advogado do PCC após morte de Gritzbach

PF identificou ligações e troca de mensagens entre policial e criminoso, o qual teria oferecido R$ 3 milhões pelo assassinato do corretor

atualizado 17/02/2025 5:25

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homem branco, de paletó preto, camisa branca, gravata preta, cabelo curto sorrindo - Metrópoles Reprodução/Linkedin

São Paulo – Após dialogar desde 2022 por meio de ligações de áudio e vídeo, além de mensagens,  com o advogado Ahmed Hassan Saleh, o Mude, o delegado Fábio Baena Martin bloqueou o contato do interlocutor, cerca de 40 minutos após o assassinato do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana.

O delegado está preso, da mesma forma que outros policiais civis, após investigações da Polícia Federal (PF) ligá-los à morte do corretor, da mesma forma que identificou a ligação entre o policial e o advogado, que também está atrás das grades.

Investigado pela morte de dois membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), Gritzbach foi sequestrado, no fim de 2021, com a ajuda do policial civil Marcelo Roberto Ruggieri, o Xará, e levado para um tribunal do crime, no qual teria sido absolvido.

“Absolvido” pelo PCC, Gritzbach teria sido morto por policiais civis

Gritzbach foi preso pela Polícia Civil em fevereiro de 2022, ainda por causa do duplo homicídio — crime que sempre negou envolvimento. Após ser solto, em junho do mesmo ano, ele foi procurado pelo policial civil Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo.

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Fábio Baena e Rogerinho foram alvo de mandados de prisão nesta terça (17)
Fabio Baena foi preso pela PF acusado de ligação com o PCC
Policiais civis Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro" (esq.), e Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo", presos por envolvimento com o PCC
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Fábio Baena e Rogerinho foram alvo de mandados de prisão nesta terça (17)

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Fabio Baena foi preso pela PF acusado de ligação com o PCC

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Policiais civis Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro" (esq.), e Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo", presos por envolvimento com o PCC

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O agente — atualmente preso por supostamente aceitar propina para arquivar investigações, junto com seu comparsa Valmir Pinheiro, o Bolsonaro — recebeu um telefonema de Mussi e deixou a ligação no viva voz. A ligação foi registrada, por meio de uma gravação feita sigilosamente pelo próprio Gritzbach. Nela, Mude oferece R$ 3 milhões para quem matasse o corretor.

O registro em áudio foi anexado à delação premiada feita por Gritzbach, na qual denuncia e apresenta provas da relação de policiais civis paulistas com a maior facção criminosa do país.

No celular de Fábio Baena, no qual o contato de Mude foi bloqueado cerca de 40 minutos após a morte de Gritzbach, consta que o policial e o advogado ligado ao PCC mantinham contato. O histórico de conversas foi confirmado após a quebra do sigilo telemático do celular do delegado.

Presos

Como resultado da delação premiada de Vinícius Gritzbach, aliada à investigação da PF, foram presos o investigador Marcelo Ruggieri, o Xará; o investigador-chefe Eduardo Monteiro; o delegado Fábio Baena; o investigador Marcelo Marques de Souza, o Bombom; o advogado Ahmed Hassan Saleh, o Mude; e os empresários Ademir Pereira Andrade e Robinson Granger de Moura, o Molly.

O agente de telecomunicações da Polícia Civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, também foi alvo de um dos mandados de prisão. Ele ficou foragido da Justiça e se entregou seis dias depois, após sua defesa negociar a rendição com a Delegacia-Geral.

Além deles, foram presos, em setembro do ano passado, os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo, e Valmir Pinheiro, o Bolsonaro, ambos suspeitos de receber propina ou de subornar criminosos para interromper investigações sobre ações do PCC.

Os policiais presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, bem como ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de prisão.

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