O médico ucraniano Vladimir Zelenko, que reivindicava a criação do chamado “kit Covid”, morreu nos Estados Unidos aos 48 anos. Ele atraiu uma série de seguidores com seus métodos sem eficácia comprovada para tratar a Covid-19, que combinava remédios como hidroxicloroquina, azitromicina e zinco.
Entre os que compartilhavam seus conteúdos estavam o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A esposa de Zelenko, Rinat Zelenko, informou ao New York Times que ele morreu durante internação para o tratamento de câncer de pulmão.
Zelenko ganhou notoriedade após começar a divulgar seus experimentos com o coquetel de três medicamentos para combate da Covid na comunidade de Kiryas Joel, que tem cerca de 35 mil habitantes. Alguns de seus vídeos publicados no YouTube foram removidos por espalhar informação sem comprovação científica.
Os resultados divulgados pelo médico atraíram atenção de Trump, que chegou a definir a pesquisa preliminar como “o maior divisor de águas na história da medicina”.
Em 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou diretriz em que pede fortemente que a hidroxicloroquina não seja usada como tratamento preventivo da Covid-19. A diretriz que foi publicada na revista científica “The BMJ” ressalta ainda que, desde julho do ano passado, a organização não tem encontrado benefícios no uso do antimalárico contra o coronavírus.
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