Sob a sombra de Trump, guerra da Ucrânia fica mais violenta e perigosa

Guerra entre Ucrânia e Rússia se tornou mais arriscada após a liberação de ataques com armas de longo alcance contra o território russo

atualizado 25/11/2024 11:16

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Donald Trump de boné vermelho Getty Images

Os olhos do mundo se voltaram para Dnipro, no sudeste da Ucrânia, na quinta-feira (21/11), após a suspeita de que um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) foi disparado contra a cidade pela Rússia. O evento marcou o mais recente ponto de tensão no conflito, no Leste Europeu, que aumentou o temor da explosão de nova guerra global.

Caso o disparo fosse confirmado, esta seria a primeira vez que uma arma do tipo era empregada em situação de guerra real.

Vladimir Putin, no entanto, fez pronunciamento público horas após o ataque e negou ter utilizado um ICBM contra a Ucrânia. O presidente da Rússia, contudo, revelou ter testado nova arma do arsenal russo até então desconhecida: um míssil balístico hipersônico de curto alcance.

O Oreshnik, como foi batizado o projétil, tem alcance menor do que os ICBMs e pode atingir alvos em até 3 mil km de distância. Apesar disso, as imagens do míssil atingindo a cidade ucraniana chamaram a atenção da comunidade internacional.

Projetadas para transportar várias ogivas, nucleares ou não, as cargas do Oreshnik seguem trajetórias diferentes quando entram na atmosfera, tornando o míssil um alvo difícil para os sistemas de defesas aéreas atuais. Veja:

 

Ameaça direta contra EUA, Reino Unido e França

Após mostrar o poder bélico da Rússia para a Ucrânia, Putin aproveitou o pronunciamento para fazer ameaça direta contra três países aliados de Kiev.

Para o mandatário russo, a decisão de alguns governos ocidentais de liberarem ataques com mísseis de longo alcance contra o território da Rússia “introduziu características de um conflito global” para a guerra na Ucrânia.

Por isso, ele reivindicou o direito de atacar alvos militares em países que tomaram tal decisão. Até o momento, os EUA e o Reino Unido liberaram o uso de tais armas contra a Rússia. A França também sinalizou que pode considerar a medida, e relatos extraoficiais indicam que mísseis de longo alcance franceses podem ter sido usados no território russo.

“Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso de suas armas contra os nossos alvos e, no caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma igualmente decisiva e da mesma forma”, ressaltou Putin.

Efeito Trump

A retórica inflamada que passou a envolver não só Rússia e Ucrânia, assim como outros importantes atores internacionais, coincidiu com a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos.

Foi nesse contexto que Joe Biden, em um dos últimos atos de seu mandato, cedeu a pressão de Zelensky que se arrastava por meses e liberou o uso de armas de longo alcance norte-americanas contra a Rússia, antes de Trump tomar posse como presidente, em 2025.

Com a promessa de ser o político que vai acabar com guerras, o republicano sinalizou que a política externa norte-americana pode tomar novos rumos sob sua administração e influenciar diretamente alguns conflitos ao redor do mundo.

Sobre a Ucrânia, Trump deu declarações preocupantes para Volodymyr Zelensky, que até o momento tem o governo dos EUA como seu maior financiador na guerra.

Durante a campanha presidencial, o presidente eleito dos EUA fez críticas públicas ao financiamento de Washington a Kiev e classificou Zelensky como “o melhor vendedor entre todos os políticos de toda a história” por sempre garantir assistências financeiras astronômicas da administração Biden.

Mudança na política nuclear

A revelação do míssil de médio alcance Oreshnik foi só uma das respostas de Putin ao avanço da guerra.

Dois dias após a administração Biden dar bandeira verde para ataques mais profundos na Rússia, Putin assinou mudança na doutrina nuclear do país, que tem o maior arsenal de armas de destruição em massa do mundo.

Na prática, a nova política nuclear russa alega que qualquer ataque contra a Rússia vinda de um país não nuclear, mas que seja apoiado por uma potência nuclear, pode ser retaliado com bombas e armas atômicas.

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