Após saída de Teich, oposição quer impeachment e aliados elogiam “firmeza”

O ministro anunciou sua saída no fim da manhã desta sexta-feira por discordâncias com o presidente sobre uso de cloroquina contra a Covid-19

atualizado 15/05/2020 20:35

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Rafaela Fellicciano/Metrópoles

A demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, que ficou menos de um mês à frente da pasta, repercutiu imediatamente entre os líderes parlamentares da Câmara e do Senado. De um lado, opositores ao presidente reforçaram o pedido de “Fora, Bolsonaro”. Por outro, apoiadores elogiaram a “firmeza” do presidente.

A líder do PSol, deputada Fernanda Melchiona, apontou como motivo para a saída do ministro em meio à pandemia as pressões do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre o uso de cloroquina. Ela argumentou que é necessário ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aceitar o pedido de impeachment.

“O pedido de exoneração de Teich, após menos de um mês da demissão de Mandetta e em plena escalada da pandemia, é muito grave. A disputa em torno da liberação do uso da cloroquina, mesmo sem evidências científicas, e a guerra que o governo vem fazendo para forçar o fim do isolamento social mostra que o negacionismo está no posto de mando”, destacou a líder do PSol, partido que é autor de um dos pedidos para a saída do presidente.

O líder da oposição na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a demissão do ministro revelaria o caos que o presidente teria como objetivo criar e reforçou, igualmente, o pedido pelo fim do mandato de Bolsonaro. “O problema é o governo! Bolsonaro é um aliado do vírus”, disparou.

“Eu não estranho a saída. Estranho é um médico sério ter entrado no Ministério”, ironizou o senador Jaques Wagner (PT-BA).

O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ) argumentou que o presidente não prezaria por ter à frente da pasta um ministro com perfil técnico, mas sim alguém que concorde com ele.

“Bolsonaro não quer um ministro técnico; ele quer alguém que concorde com suas insanidades ideológicas, como o fim do isolamento e o uso da cloroquina. Vamos insistir com o presidente da Câmara para que o pedido de impeachment apresentado pelo PSB siga diante. Precisamos evitar uma catástrofe!”, disse o deputado.

Aliado do presidente, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) defendeu a “firmeza” de Bolsonaro e elogiou sua postura de “líder” diante da pandemia. “Se Teich era contra o uso da cloroquina já vai tarde! Precisamos com urgência liberar o uso p/ salvar milhares de vidas! Países mais avançados já liberaram!”, disse o deputado em uma rede social, sem citar quais países são esses. Ele foi questionado pela reportagem, mas não se manifestou.

O deputado Alex Manente (Cidadania-SP) apontou um “caos político” que o país estaria convivendo em meio à pandemia do coronavírus. “O Brasil perde mais um Ministro da Saúde durante a maior crise dos últimos 100 anos. É impressionante como além da crise econômica e de saúde pública, nós vamos ter que suportar uma crise política”, disse o deputado.

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