No mundo: restaurantes usam criatividade para reabrir e evitar aglomeração

Desde demarcações entre mesas no chão dos restaurantes a clientes de papelão, vale tudo para respeitar o distanciamento social

atualizado 29/05/2020 10:07

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Manequins ocupam espaços vazios em restaurante em Vilnius, na Lituânia Prefeitura de Vilnius/Divulgação

Enquanto no Brasil ainda não há perspectiva de retorno do atendimento de salão em bares e restaurantes, alguns países da Ásia, Oceania e Europa estão, aos poucos, permitindo a reabertura dos negócios. O novo mundo criado pela pandemia da Covid-19 requer, no entanto, que as pessoas mantenham o distanciamento social para evitar novas contaminações. Para lembrar os clientes de manter um espaço entre si, empresários do setor estão usando a criatividade.

Na Ásia, muitos restaurantes apelaram para consumidores não-humanos: na Tailândia, a reabertura de um shopping foi marcada pela presença de dragões de papelão nas mesas, em uma tentativa de reforçar a importância do distanciamento social. A  casa ainda conta com marcações, para os clientes se orientarem quanto e onde podem consumir os alimentos.

Dragões de papelão ocupam espaços em restaurante na Tailândia, para reforçar o distanciamento social
Na Tailândia, a reabertura de shoppings foi marcada por soluções criativas para o distanciamento social, como o uso de dragões de papelão nas mesas

A presença de “clientes” inusitados começou, em alguns estabelecimentos europeus, como uma brincadeira para aproveitar espaços desocupados durante a quarentena: donos de restaurantes da cidade de Vilnius, capital da Lituânia, convidaram estilistas locais para exibirem criações recentes em manequins distribuídos em mesas que precisarão ficar vazias para manter o distanciamento entre clientes.

“Mesas vazias dentro do restaurante ficam estranhas, e não temos como removê-las. Decidimos procurar nossos vizinhos, donos de lojas de roupas, e os convidamos para usar essas mesas para exibir suas mais novas coleções. A notícia se espalhou e estilistas conhecidos entraram no projeto, que está se expandindo pela cidade”, comemora Bernie Ter Braak, dono do restaurante Cosy, que iniciou o projeto ao lado da estilista Julija Janus.

A iniciativa reuniu “algumas dezenas” de restaurantes, segundo a prefeitura da cidade. São 60 manequins vestidos para a ação, exibindo criações de 19 butiques de moda de Vilnius. Em cada mesa, os clientes dos restaurantes ainda encontram informações sobre as peças exibidas, caso decidam experimentá-las: a ideia é movimentar a economia de todos os lados.

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A proposta é manter a distância entre mesas que possam ser ocupadas por clientes de verdade
A parceria vai e volta: ao lado de cada manequim, as informações sobre as peças usadas para que a clientela saiba onde encontrar o designer
Dezenas de restaurantes da capital da Lituânia aderiram à brincadeira
Antes da reabertura do comércio no estado da Virgínia, o chef Patrick O’Connell, do estrelado restaurante do hotel Inn at Little Washington, decidiu ocupar algumas mesas com manequins vestidos com trajes da década de 1940: brincadeira permanecerá com a reabertura da casa
O australiano Frank Angeletta posa com os "clientes de papelão" em seu Five Dock Dining, em Sydney: a proposta é usar os bonecos para ajudar no distanciamento entre pessoas
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Donos de restaurantes em Vilnius, na Lituânia, se uniram a designers de moda para ocupar espaços com manequins na reabertura do comércio

Prefeitura de Vilnius/Divulgação
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A proposta é manter a distância entre mesas que possam ser ocupadas por clientes de verdade

Prefeitura de Vilnius/Divulgação
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A parceria vai e volta: ao lado de cada manequim, as informações sobre as peças usadas para que a clientela saiba onde encontrar o designer

Prefeitura de Vilnius/Divulgação
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Dezenas de restaurantes da capital da Lituânia aderiram à brincadeira

Prefeitura de Vilnius/Divulgação
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Antes da reabertura do comércio no estado da Virgínia, o chef Patrick O’Connell, do estrelado restaurante do hotel Inn at Little Washington, decidiu ocupar algumas mesas com manequins vestidos com trajes da década de 1940: brincadeira permanecerá com a reabertura da casa

Win McNamee/Getty Images
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O australiano Frank Angeletta posa com os "clientes de papelão" em seu Five Dock Dining, em Sydney: a proposta é usar os bonecos para ajudar no distanciamento entre pessoas

James D. Morgan/Getty Images

Com três estrelas Michelin, o restaurante Inn at Little Washington, nos Estados Unidos, poderá reiniciar as atividades com um porém: a ocupação da casa deve ser reduzida em 50%. Para não retirar o mobiliário do salão, o chef Patrick O’Connell optou por usar manequins vestidos com trajes da década de 1940. A iniciativa começou como uma brincadeira, mas deve permanecer enquanto as regras de distanciamento social se mantiverem.

Em Sydney, na Austrália, a proposta do Five Dock Dining é outra: os clientes de verdade terão que dividir mesas com “clientes de papelão”, distribuídos pelo restaurante para reforçar, de maneira descontraída, a necessidade da distância entre as pessoas.

Barreiras físicas

Pela Europa, à medida em que os comércios reabrem, as marcações no chão e as barreiras físicas entre clientes vão aparecendo. Na Holanda e na Alemanha, restaurantes ao ar livre improvisaram barreiras de vidro ou de plástico entre as mesas, para isolar grupos de pessoas que se encontram para comer e beber enquanto aproveitam o verão.

Embora as barreiras físicas sejam uma solução, o que muitos restaurantes têm feito são marcações no chão para limitar o espaço ocupado pelas mesas. Na Alemanha e na Itália, donos de restaurantes foram vistos medindo a distância entre cadeiras, para conseguir isolar os clientes de grupos diferentes.

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Em Frankfurt, na Alemanha, a rua Freßgass é famosa pelos cafés e restaurantes: na reabertura do comércio, barreiras de plástico entre mesas
Em Berlim, alguns restaurantes instalaram barreiras de vidros entre mesas durante a reabertura do comércio na cidade
Sebastian Matheyka mede o espaço entre duas cadeiras em seu restaurante em Frankfurt, na Alemanha: reabertura do comércio segue regras estritas de distanciamento social
Após meses de terror, a Itália retoma o comércio: em Bolonha, um dono de restaurante mede a distância entre mesas
Depois de dois meses de quarentena, os moradores de Turim, na Itália, voltam a frequentar praças e restaurantes, respeitando distâncias marcadas no chão
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Em 13 de maio, o Mediamatic Eten, restaurante em Amsterdã, na Holanda, estreou o serviço de estufas como cabines individuais

Divulgaçãoe
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Em Frankfurt, na Alemanha, a rua Freßgass é famosa pelos cafés e restaurantes: na reabertura do comércio, barreiras de plástico entre mesas

Arne Dedert/picture alliance via Getty Images
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Em Berlim, alguns restaurantes instalaram barreiras de vidros entre mesas durante a reabertura do comércio na cidade

Maja Hitij/Getty Images
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Sebastian Matheyka mede o espaço entre duas cadeiras em seu restaurante em Frankfurt, na Alemanha: reabertura do comércio segue regras estritas de distanciamento social

Arne Dedert/picture alliance via Getty Images
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Após meses de terror, a Itália retoma o comércio: em Bolonha, um dono de restaurante mede a distância entre mesas

Max Cavallari/Getty Images
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Depois de dois meses de quarentena, os moradores de Turim, na Itália, voltam a frequentar praças e restaurantes, respeitando distâncias marcadas no chão

Stefano Guidi/Getty Images
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Cena na Sardenha, na Itália: bares e restaurantes voltam a funcionar com mesas ao ar livre, respeitando as marcações no chão para manter o distanciamento social

Emanuele Perrone/Getty Images

Em Amsterdã, na Holanda, o restaurante Mediamatic Eten reabriu as portas após quase três meses sem funcionar. A casa inaugurou um conceito de cabines individuais: com estufas distribuídas ao longo de um dos famosos canais da capital holandesa, os clientes têm privacidade e a segurança de não se aproximar de ninguém durante um jantar. As reservas permitem até três pessoas por mesa, com a condição de que morem juntas.

Nos Estados Unidos, o restaurante Fish Tales, em Ocean City, disponibilizou um formato inusitado à clientela: cada pessoa deve usar uma mesa individual cercada por uma boia como se fosse um carrinho bate-bate. A ideia é manter o distanciamento social entre todos, independente de serem do mesmo grupo.

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