Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio da Câmara Legislativa visitarão, a partir da próxima semana, famílias de mulheres vítimas de crimes dessa natureza. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (23/01/2020), após reunião para definir o calendário de trabalho do grupo.
A CPI do Feminicídio foi instalada em outubro de 2019 e teve seus trabalhos interrompidos por conta do recesso parlamentar, a partir de dezembro. Apenas nos primeiros dias de 2020, pelo menos cinco casos de assassinato estão sendo investigados como violência por condição de ser mulher.
“Vamos retomar os trabalhos buscando criar as condições para dinamizar a ação da CPI. O ano de 2020 começa com cinco casos de feminicídio e precisamos agir rápido”, declarou Arlete Sampaio (PT), vice-presidente da comissão.
O presidente da CPI, Claudio Abrantes (PDT), lamentou os casos mais recentes. “A sociedade precisa de respostas e de ações que venham a dar um basta na violência contra a mulher”, disse.
O calendário estabelecido nesta quinta-feira também inclui a realização de visitas à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), ao Instituto Médico Legal (IML), à Assistência da Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e à Casa Abrigo. Também haverá reuniões com a Casa Civil e a Chefia de Assuntos Parlamentares.
“Precisamos mapear todo o fluxo dessa rede de atendimento que hoje está em funcionamento. Também é necessário ouvir as famílias para entender as lacunas e propor políticas públicas que realmente acolham e sejam capazes de prevenir feminicídios”, completou o relator da CPI, Fábio Felix (PSol).
