CPI do Feminicídio: Buriti cobra que base na CLDF assuma protagonismo

Aliados do GDF tinham pouco interesse na comissão até a interferência do Executivo, que trata o tema como prioridade

atualizado 29/09/2019 11:44

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Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

O Palácio do Buriti se articulou e a Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio (CPI do Feminicídio) terá maioria do colegiado formado por membros da base. Apoiada por praticamente todos os deputados distritais, a tendência era que ela fosse composta, em maior número, por oposicionistas, mas o Poder Executivo cobrou empenho da base em um tema que considera tão importante.

Criada no último dia 17 de setembro para investigar falhas nas políticas de combate à violência contra a mulher, a CPI foi proposta pelos distritais Arlete Sampaio (PT) e Fábio Felix (PSol), membros da oposição, e não encontrou resistência dos aliados do governador Ibaneis Rocha (MDB).

Preocupado com o aumento de casos de feminicídios no DF, o Palácio do Buriti passou a olhar com mais atenção os nomes escolhidos na CPI. Temendo um cenário de ataques políticos por parte da oposição, o Executivo passou a acionar os aliados, pedindo que eles assumissem o protagonismo nas discussões no Parlamento local.

Sem quórum

No dia seguinte à sua criação, saiu a determinação da Mesa Diretora para a indicação por parte dos membros, assim como o quociente de cada um. O prazo venceu na quarta-feira (25/09/2019), mas o limite não foi respeitado pelos grupos, que, dois dias depois, ainda não haviam oficializado os nomes.

Reservas e excluídos

Nomes dados como certos, como a própria Arlete Sampaio e Leandro Grass (Rede), acabaram sendo limados do colegiado. Ocuparam seus lugares os distritais Hermeto (MDB), vice-líder do governo; e o líder do governo, Claudio Abrantes (PDT).

Hermeto admitiu que não tinha interesse em participar da CPI, o mesmo ocorreu com Rafael Prudente (MDB), que teria de acumular a função com os afazeres de presidente da Câmara Legislativa. A vaga do bloco emedebista havia sido acertada com o PT e iria para Arlete Sampaio. A petista foi avisada pelo próprio Hermeto na tarde de quinta-feira (26/09/2019) que o acordo estava desfeito.

“Eu, como vice-líder do governo, não poderia ficar de fora. Preciso estar ali para representar o partido e também como membro da base do governo”, disse Hermeto ao justificar a mudança de direção

Com Leandro Grass ocorreu algo parecido. Seu bloco, formado pelos pedetistas Claudio Abrantes e Reginaldo Veras, pediu sua vaga. O trato é que o líder do governo seja o titular no papel, mas, na prática, Grass é quem participará dos debates.

A mobilização do governo não parou por aí. Telma Rufino (Pros), que é da base, era dada como certa no bloco junto com outros evangélicos da Casa. Porém ela também deixou a indicação de lado e abriu espaço para Rodrigo Delmasso (Republicanos). O mesmo parlamentar, vice-presidente da Câmara Legislativa, já havia declinado do posto, mas, segundo o mesmo, a pedido do colega Martins Machado (Republicanos), reconsiderou a decisão e vai trabalhar na CPI do Feminicídio.

Oposição

As duas outras vagas ficaram com os deputados Fábio Felix, proponente da CPI ao lado de Arlete Sampaio, e Roosevelt Vilela (PSB), considerados oposição e independente, respectivamente.

Felix acredita que os trabalhos poderão ser tocados sem prejuízo dos resultados, mesmo sem o governo ter maioria.

“Ainda há espaço para negociar espaços dentro da comissão, mesmo com o governo tendo maioria. Precisamos ter pessoas que tenham interesse em fazer ela andar. Essa não é uma CPI contra o governo, mas para buscar alternativas para a máquina não parar de combater o aumento de mortes de mulheres. Não temos problema nenhum em a maioria ser da base, pois a comissão não é nem da base nem da oposição: queremos um instrumento para mapear e combater a violência contra a mulher”, afirmou Fábio Felix.

O secretário de Articulação Política do GDF na Câmara Legislativa, Bispo Renato Andrade (PR), seguiu a mesma linha de raciocínio:

“Na realidade, a articulação tentou mostrar que não precisava de uma CPI desde o início. Mas, como saiu, decidimos mostrar que ela é importante e colocamos pessoas ligadas ao governo”, explicou Bispo Renato, que garantiu não ter ocorrido nenhuma interferência direta do governador Ibaneis Rocha (MDB) nas mudanças de postura dos deputados.

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