Apesar de cada vez mais comum e de fácil acesso, a pornografia ainda levanta diversos debates, tanto pela ética quanto por possíveis perigos aos espectadores. Nesse quesito, um dos termos mais pesquisados pelos brasileiros nos últimos anos é “hentai”, um estilo de anime e mangá pornográfico japonês.
O desenvolvimento do hentai foi influenciado por atitudes culturais e históricas japonesas em relação à sexualidade. O termo, em japonês, significa “comportamento estranho” ou até “perversão sexual”.
Já em inglês, o hentai literalmente é definido de forma diferente. Para o Dicionário de Oxford, é classificado como “um subgênero dos gêneros japoneses de mangá e anime, caracterizado por personagens abertamente sexualizados e imagens e tramas sexualmente explícitas.”
A sexóloga Maria Carolina Dalmboni destaca que o hentai é um conteúdo erótico desenhado e animado, que segue uma lógica de ficção e romance com teor sexual.
“Acredito que no Brasil é muito pesquisado porque tem muito fácil acesso. Então, há uma grande acessibilidade nas redes sociais, que garante o anonimato, e por ter um conteúdo muito diverso de temática”, comenta.
Pornografia em excesso
O Brasil ocupa a sétima posição entre os países que mais acessam a plataforma. Além do hentai, veja outros temas buscados pelo brasileiro, segundo a plataforma Pornhub:
- Hentai;
- Brasileira;
- Punheta guiada;
- Brasileira casada;
- Verdade ou desafio;
- Boquete babado.
Ver pornô prejudica a vida sexual?
Para Carolina, a problemática da pornografia é a dependência e forma como as mulheres são retratadas “É importante que as mulheres não sejam vistas apenas como objetos”, comenta a expert.
A profissional destaca que a pornografia também a preocupa pela desumanização do sexo e a influencia no público jovem, que, por vezes, pode não ter maturidade suficiente para compreender o que está assistindo.
