Dias antes de Donald Trump exaltar Bolsonaro em discurso, a coluna mostrou que o presidente dos Estados Unidos sairia em apoio ao ex-mandatário brasileiro. Trump faz o movimento por sustentar que Bolsonaro está sendo alvo de perseguição política como a que ele próprio julga ter enfrentado antes de retornar à Casa Branca.
A invasão do Capitólio em Washington e as depredações do 8 de Janeiro em Brasília guardam semelhanças. E acarretaram em dores de cabeça na Justiça tanto para o norte-americano quanto para o brasileiro.
Trump também acena a Bolsonaro para reforçar uma espécie de aliança global que existe entre alguns líderes da direita. Além dos dois, o pacto informal inclui nomes como Javier Milei, presidente da Argentina, e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria.
Por último e não menos importante, o gesto de Trump é uma sinalização ao presidente Lula e ao ministro Alexandre de Moraes de que a Casa Branca está atenta ao julgamento de Bolsonaro, que é acusado de tentativa de golpe de Estado e pode ser preso por decisão da Primeira Turma do STF.
Donald Trump aguarda o relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a atuação de Alexandre de Moraes para tomar medidas contra o magistrado e o governo brasileiro. Mas, antes mesmo de o parecer ficar pronto, sua empresa, a Trump Media, processou o ministro do STF sob acusação de promover censura. Sob Lula, a Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu representar Moraes na ação que corre na Flórida.
