Ministros do núcleo duro de Lula defendem que o Ministério das Relações Exteriores atue em prol de Alexandre de Moraes após o magistrado do STF virar alvo de uma ação judicial movida na Flórida pelo grupo de comunicação de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Sob reserva, esses auxiliares de Lula argumentam que o imbróglio pode ter consequências diplomáticas, o que justificaria a entrada do Itamaraty no caso.
A expectativa deles é que o Ministério das Relações Exteriores se junte à Advocacia-Geral da União, que já informou que representará Alexandre de Moraes na corte norte-americana.
Lula, contudo, ainda não conversou sobre o assunto com o chanceler Mauro Vieira, que estava em agenda oficial no exterior nesta sexta-feira (21/2).
Integrantes da cúpula do Itamaraty ouvidos pela coluna veem a questão com cautela. Eles ponderam que a ação foi movida pela empresa de Donald Trump, a Trump Media, e não pelo presidente dos Estados Unidos no exercício do cargo. E que, portanto, o ingresso da chancelaria brasileira no caso não é tão simples quanto possa parecer.
No processo, o grupo de Trump acusa Moraes de promover “censura” ao bloquear perfis em redes sociais.
