O senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC) virou alvo de um pedido de cassação por ter defendido o policial militar que arremessou um homem sobre um ponte em São Paulo, em 2 de dezembro.
O pedido foi protocolado no Conselho de Ética do Senado por Leonel Camasão Cordeiro (PSol), vereador eleito de Florianópolis nas eleições municipais de 2024 com 3.975 votos.
No pedido, o vereador eleito cita a postagem no X na qual Seif saiu em defesa do policial militar que atirou um homem de uma ponte na zona sul da capital paulista.
Na ocasião, o senador bolsonarista defendeu o soldado da PM Luan Felipe Alves Pereira, identificado como responsável pelo ato, e questionou se o policial havia atirado a vítima de “um penhasco”.
“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego? Não foi do penhasco? Porque com essa Justiça sem vergonha, que libera vagabundo em audiência de custódia, levar para a delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo”, escreveu o senador nas redes sociais.
Posteriormente, Seif apagou a mensagem. Em sessão do plenário do Senado na segunda-feira (9/12), o senador admitiu publicamente que errou ao defender o PM e condenou os abusos.
Mesmo com o “mea culpa” o vereador eleito diz que o senador fez “apologia ao crime” do policial militar e que houve “extrapolação dos milites” de sua imunidade parlamentar
“No caso do senador, houve evidente extrapolação dos limites do direito que lhe assiste. Primeiro, porque a “opinião” foi exarada fora do Plenário do Senado. Segundo, porque a “opinião” não guarda pertinência temática com o mandato parlamentar. Isso porque, claramente, o senador fez uma ode ao ato violento e criminoso perpetrado pelo policial militar, ao passo que não parece razoável afirmar que tal expediente é função de um parlamentar”, diz Camasão.