Se não preocupou a cúpula do PT, a entrada do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na corrida presidencial incomodou bastante aliados do ex-juiz Sergio Moro (Podemos).
Na avaliação de parlamentares próximos a Moro, a chegada de mais um nome na já fragmentada terceira via torna ainda mais difícil o consenso em torno de um único nome que consiga furar a polarização entre Jair Bolsonaro e Lula.
“Quem realmente trabalha de forma comprometida com os interesses do país e fala em enfrentar os extremos não pode querer fragmentar ainda mais. Não faz sentido nenhum. Não era o momento de criar mais opções”, disse à coluna o deputado federal Junior Bozella (União-SP), defensor da candidatura de Moro.
Para Bozella, em momentos delicados, as grandes lideranças do país precisam se unir e “ter a grandeza, o desprendimento, a maturidade política para ter esse entendimento”.
“Se cada qual quiser fazer seu projeto de maneira individual e não favorecer o projeto coletivo, de país, essas pessoas lá para frente também vão ter uma conta para pagar com a sociedade”, afirmou o deputado.
Caso confirme sua entrada no PSD e na corrida presidencial, Leite será o sexto nome da “terceira via”. Além de Moro, disputam o posto Simone Tebet (MDB), João Doria (PSDB), Felipe D’Ávila (Novo) e Ciro Gomes (PDT).
