Pré-candidatos da chamada terceira via passaram a difundir, nos bastidores, a tese de que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) pode acabar se transformando no “vilão” das eleições presidenciais deste ano.
O argumento é de que Moro tanto se mostra incapaz de furar a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), quanto impede outro nome da terceira via de tentar essa missão, ao manter sua pré-candidatura.
O ex-juiz é hoje o nome da terceira via mais bem posicionado nas pesquisas eleitorais. O máximo que alcançou até agora, no entanto, foi pouco mais de 10% das intenções de voto nos levantamentos.
A avaliação entre outros nomes da terceira via é que Moro pode já ter batido no “teto”. Nesse cenário, ao se manter candidato, impediria o crescimento de outros pré-candidatos do grupo que têm rejeição menor que a dele.
Apesar disso, lideranças da terceira via admitem que, assim como os demais candidatos, Moro tem o direito de seguir com sua pré-candidatura até maio, para tentar mostrar alguma viabilidade.
Hoje há pelo menos cinco pré-candidatos que se apresentam como alternativas de “terceira via”. Além de Moro, João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe D’Ávila (Novo) e Ciro Gomes (PDT).
Além disso, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também avalia se filiar ao PSD para figurar como o pré-candidato do partido ao Palácio do Planalto.
