Acendeu o sinal vermelho no PT após a pesquisa da Quaest revelar, nesta terça-feira (17/5), empate entre Jair Bolsonaro e Lula no Rio de Janeiro. As executivas estadual e nacional do partido se reuniram para rediscutir a estratégia da sigla no estado, que é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Na reunião, foi levantado o argumento de que o apoio à candidatura de Marcelo Freixo, do PSB, ao governo do estado não estaria ajudando Lula, mas sim retirando votos do petista. O partido decidiu na reunião contratar uma pesquisa qualitativa para medir o impacto da candidatura de Freixo sobre a de Lula. As entrevistas serão feitas no fim de semana.
Em meio ao cenário de novas incertezas, há também novas tentativas de Eduardo Paes de retomar o diálogo com o PT e fazer com que Lula apoie seu candidato ao governo fluminense, o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz. Segundo Washington Quaquá, dirigente estadual do PT, Paes telefonou para o vice-presidente nacional do partido, o deputado José Guimarães, pedindo a retomada das conversas entre o PT e o PSD no estado.
“O Eduardo (Paes) está louco para apoiar o Lula no primeiro turno, eu levei o nome dele, mais uma vez, para a reunião de hoje. Desde o início eu falo que o Lula com Freixo não amplia. O Lula está perdendo votos com o Freixo”, disse Quaquá à coluna.
A reunião, que começou à tarde e entrou pela noite de ontem, ainda não definiu nada, mas mostrou, segundo Quaquá, que o PT está aberto a mudar de posição para evitar perder o Rio de Janeiro para Bolsonaro. A avaliação da legenda é a de que a alta rejeição do candidato do PSB, que, na Quaest, chega a 47%, poderia atrapalhar Lula.
“O Freixo é uma âncora para o Lula no Rio de Janeiro, e a pesquisa de ontem acendeu um alerta no PT. Nós estamos procurando o Eduardo e o Felipe Santa Cruz, e eles estão nos procurando. Nós precisamos pensar grande, ampliar. O projeto do PT tem que ser o Lula”, afirmou.
