Candidato ao Senado pelo PT do Rio de Janeiro, André Ceciliano ignorou a candidatura de Marcelo Freixo, nome do PSB ao governo do estado apoiado pelo PT, no evento de lançamento de seu nome, que estava lotado, neste sábado (30/4), na Baixada Fluminense.
A chapa do Rio aprovada pelo PT é Lula-Ceciliano-Freixo. O PT do Rio, contudo, vem dizendo que o partido não irá apoiar Freixo oficialmente se Alessandro Molon, pré-candidato ao Senado pelo mesmo partido de Freixo, não retirar sua candidatura. O PT nacional, em conversas privadas, diz que o apoio formal está garantido mesmo que Ceciliano e Molon saiam juntos.
Também havia figuras da esquerda no evento, como Jandira Feghali, do PC do B, e Lindbergh Farias e Benedita da Silva, do PT.
No evento, inclusive, para insatisfação de Freixo, Ceciliano estava cercado de apoiadores de Jair Bolsonaro e do governador Cláudio Castro, que tenta a reeleição pelo PL. Diversos prefeitos e deputados do interior do estado já declararam o voto “Castro-Lula”, ou seja, em apoio à reeleição do governador fluminense e da vitória de Lula nacionalmente.
Freixo disse que não pôde comparecer ao evento devido ao congresso do PSB em Brasília, mas enviou um vídeo ao seu — teoricamente — companheiro de chapa. O recado foi exibido sem nenhum destaque antes do início oficial do evento. O vídeo foi mostrado junto ao de nomes como Washington Reis, cotado para ser candidato a vice na chapa de Castro, Márcio Pacheco, líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio e Thiago Pampolha e Max Lemos, ex-secretários do atual governo estadual.
O ex-vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, também aproveitou seu momento de fala no evento e mandou um recado a Freixo e Molon.
“O PT tem apenas uma missão no Rio de Janeiro: eleger André Ceciliano ao Senado. O Rio vai mudar com Lula e André”, disse.
Quaquá não apoia a chapa Lula-Freixo no Rio de Janeiro. O ex-vice- presidente do PT considera que o candidato do PSB não agrega nada à candidatura de Lula no Rio e que carrega um alto índice de rejeição, que pode respingar no petista. O dirigente defende que haja uma aliança com o grupo político de Eduardo Paes, que hoje apoia Felipe Santa Cruz.
