Os dois diretórios que são o centro da crise de Jair Bolsonaro com o PL são o de São Paulo e o de Pernambuco. As duas negativas fizeram cair a ficha para Bolsonaro de que ele não mandará no partido e teria que seguir as diretrizes de Valdemar Costa Neto, principal nome da legenda há décadas.
Eduardo Bolsonaro bateu pé para o pai que quer comandar o PL de São Paulo, o que, no PL, é um problema: no diretório paulista, quem manda é o próprio Valdemar Costa Neto.
Na quinta-feira (11/11), na reunião que teve com Bolsonaro, Valdemar já tinha topado abrir mão do apoio a Rodrigo Garcia, atual vice-governador de São Paulo e futuro candidato tucano. Considerava que São Paulo estava equacionado. Mas, diante do novo pedido, para que ele cedesse todo o diretório, disse não, e a coisa desandou.
Já o diretório de Pernambuco foi mais uma negativa que desagradou a Bolsonaro. O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, havia sinalizado de que gostaria de comandar Pernambuco, mas, na semana passada, viu que suas chances eram pequenas, quando o PL nacional publicou nas redes uma nota empoderando o prefeito de Jaboatão dos Guararapes.
O próprio Valdemar assinou a nota, em que reitera a autonomia de Ferreira, que é presidente do PL de Pernambuco, na “condução dos trabalhos para a escolha dos nomes que constarão da chapa de candidatos majoritários e proporcionais das próximas eleições do Estado”.
A negativa sobre Pernambuco, claro, não teve a mesma gravidade para Bolsonaro que teve a de São Paulo, que era um pedido de Eduardo Bolsonaro. Mas contribuiu para que o presidente, ao notar que nem todos seus pedidos seriam atendidos, preferisse recuar.
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