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GSI de Lula enviou a Mauro Cid detalhes de segurança de viagens do presidente

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid recebeu e-mails com detalhes sobre a segurança em viagens do presidente Lula, já em 2023

atualizado 09/08/2023 11:20

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Imagem colorida mostra o tenente-coronel Mauro Cid sentado em uma mesa durante depoimento na CPMI do 8/1 - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

O Palácio do Planalto na gestão Lula enviou detalhes sobre a segurança em viagens do presidente ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro preso e alvo da CPMI do 8 de Janeiro. Os e-mails funcionais de Cid enviados à comissão mostraram que ele recebeu documentos “urgentíssimos” sobre quatro viagens e três eventos de Lula, dentro e fora do país.

As mensagens da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foram enviadas a Cid de 6 a 13 de março deste ano. Naquela época, Cid e Bolsonaro estavam nos Estados Unidos. O ex-presidente deixou o Brasil ainda em dezembro, para não passar a faixa presidencial a Lula.

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O faz-tudo de Bolsonaro recebeu, em sua caixa de entrada, os detalhes de segurança dos seguintes eventos oficiais de Lula: Pequim e Xangai, na China; Brasília, em três eventos; Foz do Iguaçu (PR); e Boa Vista (RR), que aconteceram em março e abril. As mensagens estavam na lixeira do e-mail de Cid, que, a exemplo de outros auxiliares de Bolsonaro, não apagou as mensagens definitivamente e deu brecha para que a Polícia Federal e a CPMI acessassem o material.

As mensagens traziam documentos com tarja de “urgentíssimo” com informações como data e horário da reunião de preparação, do reconhecimento do local e da visita do escalão avançado, além do nome e celular do coordenador da segurança. Nas viagens à China, o documento citava ainda os horários de decolagem dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os e-mails partiram de três militares do GSI: Márcio Alex da Silva, do Exército; Dione Jefferson Freire, da Marinha; e Rogério Dias Souza, da Marinha. Todos já trabalhavam no GSI na gestão Bolsonaro.

Procurados, o GSI, a Secretaria de Comunicação e Mauro Cid não responderam. O espaço está aberto a manifestações.

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