Três empresários que apostavam na candidatura de Sergio Moro ao Palácio do Planalto fizeram doações ao Podemos que totalizaram R$ 450 mil. Os depósitos foram enviados ao partido cerca de um mês antes da saída de Moro para o União Brasil.
A maior doação foi de Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empresário depositou R$ 200 mil na conta do Podemos no dia 24 de fevereiro.
O ex-diretor do Banco Central Luiz Fernando Figueiredo, sócio-fundador e CEO da gestora de recursos Mauá Capital, fez um depósito de R$ 150 mil ao partido no dia 16 de fevereiro.
Já o empresário Luis Terepins fez uma doação de R$ 100 mil no dia 4 de fevereiro.
Os três empresários estiveram com Moro em jantar organizado no fim do ano passado, na casa de Figueiredo. No dia 31 de março, o ex-juiz decidiu abandonar o Podemos e acertou a filiação ao União Brasil. Com o movimento, Moro deixou a disputa pelo Palácio do Planalto por não ter encontrado apoio para a candidatura no novo partido.
As doações dos empresários foram direcionadas ao Podemos porque os candidatos só podem arrecadar fundos para campanhas em agosto. A falta de dinheiro para competir pelo Planalto foi uma das razões que motivaram Moro a migrar para o União Brasil.
Neste mês, Stuhlberger e Terepins assinaram um manifesto em apoio à candidatura de Simone Tebet à Presidência. Não constam, por ora, doações dos empresários para o MDB.
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Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro foi lançado como pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos
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Meses depois, o ex-juiz mudou para o União Brasil
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Durante a carreira, Moro atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo
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Moro foi chamado de "suspeito" em pedido apresentado por construtora ao STF
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Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro
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Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro azedou. Após deixar o governo, o ex-juiz passou a advogar e a atuar como consultor para empresas privadas
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Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da República
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No decorrer da carreira, Moro ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo