Investigação e informações exclusivas em política, negócios, cultura e esporte. Com Athos Moura, Bruna Lima, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

EBC gastou R$ 20 mil para transmitir vídeo derrubado pelo TSE

Estatal Empresa Brasil de Comunicação transmitiu mentiras e ataques de Bolsonaro por 47 minutos; TSE ordenou exclusão na quarta-feira (24/8)

atualizado 24/08/2022 21:46

Compartilhar notícia
Jair Bolsonaro em apresentação a embaixadores no Alvorada Reprodução

A TV Brasil, da estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), gastou pelo menos R$ 20,5 mil para transmitir ao vivo o evento em que Jair Bolsonaro chamou embaixadores ao Palácio da Alvorada para mentir sobre o sistema eleitoral e atacar ministros do STF. Nesta quarta-feira (24/8), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mandou que a estatal e redes sociais retirassem os vídeos do ar.

No dia 18 de julho, a EBC transmitiu os 47 minutos do discurso de Bolsonaro, repleto de informações falsas. A estatal gastou R$ 12 mil com equipamentos; R$ 4,2 mil para transmitir a programação na TV; R$ 2,7 mil para direcionar as imagens para redes sociais; e R$ 1,5 mil para contratar um intérprete de Libras. Além de atacar sem provas o sistema eleitoral, Bolsonaro reproduziu vídeos de motociatas em seu apoio, o que constrangeu diplomatas.

Para o ministro Mauro Campbell, do TSE, Bolsonaro “insiste em divulgar deliberadamente fatos inverídicos ao afirmar que há falhas no sistema de tomada e totalização de votos no Brasil”. O Youtube já havia derrubado o vídeo da live no perfil de Bolsonaro no último dia 10.

Nesta quarta-feira (24/8), a PGR informou ao STF que abriu uma investigação preliminar sobre o evento promovido por Bolsonaro. No ano passado, a EBC também transmitiu ao vivo uma live em que Bolsonaro mentiu sobre as urnas e fez com que o presidente se tornasse investigado pelo STF e TSE.

10 imagens
A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
1 de 10

Daniel Ferreira/Metrópoles
2 de 10

A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

Getty Images
3 de 10

No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

Reprodução
4 de 10

O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

HUGO BARRETO/ Metrópoles
5 de 10

“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
6 de 10

Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
7 de 10

Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

Daniel Ferreira/Metrópoles
8 de 10

O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

Micheal Melo/ Metrópoles
9 de 10

O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

Marcelo Camargo/ Metrópoles
10 de 10

“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar