A apresentação que Jair Bolsonaro fez a embaixadores no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (18/7) continha um erro de ortografia logo no primeiro slide. Por 45 minutos, o presidente atacou, sem provas, o sistema eleitoral, a Justiça e ministros do STF.
“Brienfing [sic] com embaixadores”, dizia o primeiro slide durante o discurso de Bolsonaro, referindo-se ao briefing, o resumo das informações que seriam divulgadas. Com a tarja da Presidência da República, esse slide trazia a imagem do Palácio do Planalto ao fundo, reforçando o tom de oficialidade no evento com ataques à Justiça Eleitoral.
Mais uma vez sem apresentar qualquer prova, Bolsonaro atacou a urna eletrônica e voltou a citar boatos já desmentidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também fez críticas pessoais a ministros do STF e do TSE, a exemplo de Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Há um ano, desde que fez uma live no Alvorada buscando desacreditar o sistema eleitoral, o presidente é investigado no Supremo e no TSE. Como daquela vez, o evento desta segunda-feira (18/7) foi transmitido ao vivo pela estatal Empresa Brasil de Comunicação.
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1 de 10Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
HUGO BARRETO/ Metrópoles
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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados
Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids
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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois
Marcelo Camargo/ Metrópoles
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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente