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Após ataques de Bolsonaro, entidades da PF defendem urna eletrônica

Na véspera, Jair Bolsonaro voltou a atacar, sem provas, o sistema eleitoral

atualizado 19/07/2022 17:01

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Reprodução/PF

Três entidades que representam servidores da Polícia Federal manifestaram nesta terça-feira (19/7) “total confiança” nas urnas eletrônicas, um dia após Jair Bolsonaro voltar a fazer ataques sem provas ao sistema eleitoral. As associações afirmaram que não há indício algum de fraude no sistema.

O documento foi assinado pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e Federação Nacional dos Delegados Federais (Fenadepol).

“A Polícia Federal é uma das instituições de Estado que tem por atribuição garantir a lisura e segurança das eleições, que desde a redemocratização ocorrem sem qualquer incidente que lance dúvidas sobre sua transparência e efetividade”, afirmaram as entidades, acrescentando: “Manifestamos total confiança no sistema eleitoral brasileiro e nas urnas eletrônicas”.

A nota pública disse ainda que “não foi apresentada qualquer evidência de fraudes em eleições brasileiras”. Também mencionou que o sistema eletrônico de votação já passou por “diversas perícias e apurações por parte da PF e nenhum indício de ilicitude foi comprovado”.

No documento, ADPF, APCF e Fenadepol defenderam ainda que todas as autoridades e candidatos devem respeitar a legislação eleitoral e a Constituição.

No mês passado, o Ministério da Justiça, a quem a Polícia Federal é subordinada, afirmou ao TSE que a PF poderá usar programas próprios para fiscalizar as urnas eletrônicas. A manifestação do ministro Anderson Torres foi vista como uma tentativa de desacreditar o sistema eleitoral, na linha de Bolsonaro e do Ministério da Defesa.

Nesta segunda-feira (19/7), Jair Bolsonaro voltar a atacar, sem provas, a urna eletrônica em um evento para embaixadores no Palácio da Alvorada. Com erros de ortografia na apresentação da Presidência, o presidente também usou vídeos de motociatas em seu apoio, o que causou constrangimento entre diplomatas.

 

 

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

HUGO BARRETO/ Metrópoles
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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

Micheal Melo/ Metrópoles
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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

Marcelo Camargo/ Metrópoles
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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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