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Antes de deixar PSDB, Alckmin disse que sentia ter sido expulso

Geraldo Alckmin almoçou com um aliado e fez críticas a João Doria antes de ir à sede do partido entregar a ficha de desfiliação do PSDB 

atualizado 15/12/2021 18:41

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DNT 27-11-2017 SAO PAULO - SP / POLITICA OE / GERALDO ALCKMIN PRESIDENCIA PSDB - Governador de Sao Paulo Geraldo Alckmin no Palacio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Senador Tasso Jereissati (CE) e governador de Goias Marconi Perillo desistiram de concorrer a presidencia nacional do PSDB o nome de Alckmin se torna consenso no partido para assumir a legenda - FOTO DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO Daniel Teixeira/agência estado

O ex-governador Geraldo Alckmin não quis que ninguém presenciasse o momento em que ele pediu a desfiliação do PSDB. Alckmin chamou o ex-deputado Pedro Tobias para um almoço nesta quarta-feira (15/12), mas não contou ao amigo qual era o motivo do convite. Tobias foi o encarregado de deixar a ficha de desfiliação do ex-governador com uma secretária que trabalhava na sede do PSDB em São Paulo. Alckmin nem saiu do carro.

“Ele estava triste e disse que o sentimento era de ter sido expulso do partido onde foi fundador, onde ele ficou 33 anos e assinou a ficha de número sete”, disse Tobias.

Alckmin fez críticas a João Doria durante o almoço. O ex-governador afirmou que o PSDB não se preocupa mais com o social nem com a democracia após a ascensão de Doria.

O ex-governador disse a Tobias que não avisou nenhum aliado sobre a desfiliação. Alckmin não queria correr o risco de encontrar a imprensa em frente à sede do PSDB.

Já a decisão sobre ser vice na chapa presidencial de Lula deve ficar para 2022. “Ele disse que vai esperar um pouco para definir qual será o seu próximo partido. Vai esperar passar o Natal e o Ano Novo. Existem muitos fatores para considerar”, afirmou Tobias.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

Michael Melo/Metrópoles
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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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